ISSN | 2237-9045 |
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Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
Nível | Graduação |
Modalidade | Pesquisa |
Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
Área temática | Serviço Social |
Setor | Departamento de Economia Doméstica |
Bolsa | FAPEMIG |
Conclusão de bolsa | Não |
Apoio financeiro | FAPEMIG |
Primeiro autor | Amanda Barbosa de Oliveira |
Orientador | MARIA DAS DORES SARAIVA DE LORETO |
Outros membros | Haudrey Germiniani |
Título | O Cenário e a Transversalidade de Gênero na Política de Biodiesel: A Perspectiva de Agricultoras/os Inseridos no PNPB de Minas Gerais |
Resumo | Considera-se que a partir da perspectiva feminista e da incorporação da transversalidade de gênero nas políticas públicas seria possível conhecer como as mulheres resistem ou se adaptam aos problemas socioeconômicos, políticos, religiosos, educativos, de saúde, de moradia, de relacionamentos, dentre outros, que atingem as pessoas no seu dia a dia. De acordo com Aquino e Porto (2014), a transversalização das políticas públicas, tendo como perspectiva o gênero, implica que todas as políticas, programas e ações do governo seriam reorganizadas com o viés da equidade de gênero, de forma a contemplar a diversidade de situações vividas pelas mulheres. Nesse contexto, objetivou-se examinar se a política de biodiesel, materializada no Programa Nacional de Produção de Biodiesel (PNPB), incorporou a perspectiva de gênero em suas ações. Especificamente, examinar, não somente a síntese contida nos discursos, mas também as variadas formas de o ser humano expressar sua vida; o que consiste, inclusive, em compreender as sutilezas do poder nas relações de gênero, especialmente as experiências pessoais e trajetórias de vida vivenciadas pelas mulheres. A pesquisa segue a abordagem qualitativa, que têm como preocupação fundamental o estudo in loco dos/as agricultores/as que estão inseridos/as no PNPB em Minas Gerais, considerando o cenário da política de biodiesel, as dificuldades da inserção e efetivação da “transversalidade de gênero” nessa política, a partir da perspectiva dos sujeitos envolvidos, de forma a propor ações para atenuar as assimetrias de gênero e promover o empoderamento feminino. Os resultados evidenciam que a política de biodiesel privilegia a racionalização do espaço produtivo, tendo o homem como principal protagonista da cadeia produtiva, o que pode estar associado aos processos históricos e culturais, que remetem a presença das mulheres às atividades de “reprodução”, dentro da concepção de que a competência feminina está pautada pelos princípios, do cuidado, solidariedade e sensibilidade (LUCHMANN; ALMEIDA, 2010, CALVELLI et al, 2014). Existe uma limitada participação feminina na produção e comercialização das oleaginosas, bem como nos espaços políticos decisórios, evidenciando a dificuldade do Programa em sedimentar a transversalidade de gênero. Além disso, embora existam instituições que buscam o interesse dos agricultores (as), a representatividade é limitada, dada a passividade do segmento feminino, cujas demandas retratam apenas de forma indireta a questão do biodiesel, sendo baixa a mobilização e participação social. Conclui-se que a transversalidade de gênero na política de biodiesel não é uma prioridade, em função da própria logística operacional do programa e dos valores culturais, que demarcam lugares segregados para homens e mulheres, com assimetrias na efetivação dos direitos sociais e políticos. |
Palavras-chave | Transversalidade de gênero, PNPB, Percepções. |
Forma de apresentação..... | Painel |