Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 7622

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Educação
Setor Departamento de Economia Doméstica
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Fabíola Faria da Cruz Rodrigues
Orientador MARIA DAS DORES SARAIVA DE LORETO
Outros membros Marina Teixeira Faria, Nilva Celestina do Carmo
Título O Programa Mulheres Mil: Uma Estratégia Política para a Inclusão Social Feminina?
Resumo A sociedade brasileira vem passando por intensas transformações, exigindo que o governo promova políticas/programas e ações, que contemplem tanto o crescimento econômico, quanto a responsabilidade com o meio ambiente e redução das desigualdades sociais e de gênero. Dentre essas ações, inserem-se as políticas públicas educacionais com recorte de gênero, em especial o Programa Nacional “Mulheres Mil”: Educação, Cidadania e Desenvolvimento Sustentável, decorrente da cooperação internacional Brasil-Canadá. Nesse contexto, procurou-se discutir questões relativas ao Programa Mulheres Mil (PMM), verificando a sua eficácia como política pública educacional para a inclusão social de mulheres em situação de vulnerabilidade e risco social. Especificamente, buscou-se verificar se o programa representava um mecanismo de inclusão social feminina, por meio da elevação do nível de escolaridade, educação profissional, acesso ao mundo do trabalho, maior autonomia econômica e empoderamento. Para tanto, foi feito uso da pesquisa bibliográfica, tendo como principais descritores: Programa Mulheres Mil e Inclusão Social Feminina. Os resultados evidenciaram que o programa não atingiu o seu objetivo, na integralidade, pois, como relata Alves (2015), apesar de haver contribuído para a elevação da autoestima, a motivação e integração social, não proporcionou o aumento da escolaridade e autonomia econômica, pela limitada inserção no mercado laboral. Ou seja, como destaca Ribeiro (2013), a qualidade dos cursos oferecidos e a metodologia aplicada não proporcionaram uma qualificação efetiva, uma vez que as mulheres relataram que não se sentiam capazes de atuar como profissionais na área que foram qualificadas e, além disso, faltou formação para que se tornassem cidadãs mais críticas. Outro ponto ressaltado por Nascimento (2011) diz respeito à necessidade de promover a capacitação dos docentes e profissionais da educação envolvidos no planejamento e execução dos cursos; além do fato de que era restrita a articulação entre o setor produtivo e as instâncias governamentais, para uma devida prestação de serviço e efetiva transformação social, de forma que as participantes tivessem todas as condições e informações para serem incluídas socialmente (ALVES, 2015). Em função do exposto, pode-se concluir que o PMM, como estratégia política educacional, apresenta restrições para a qualificação e inclusão social feminina. Era limitada a intersetorialidade no desenvolvimento das ações do programa, bem como a preparação dos profissionais da educação (docentes e técnicos); existindo um desequilíbrio entre os três eixos do PMM - educação, cidadania e desenvolvimento sustentável, Ou seja, a educação, por si só, não foi suficiente para promover a inclusão social das mulheres, sendo necessárias outras políticas/atores que contribuam para o alcance da cidadania feminina e desenvolvimento sustentável.
Palavras-chave política pública, educação, inclusão social feminina
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,68 segundos.