Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 7606

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Fisiologia Vegetal
Setor Departamento de Biologia Vegetal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Lubia da Silva Teixeira
Orientador DIMAS MENDES RIBEIRO
Outros membros Fred Augusto Lourêdo de Brito, Thaline Martins Pimenta
Título Aspectos anatômicos de plantas de tomate associados a inibição da biossíntese de giberelinas e à elevada concentração de dióxido de carbono
Resumo O crescimento e desenvolvimento das plantas envolvem divisão e expansão celular e ambos os processos são sensíveis a uma elevada concentração de dióxido de carbono (CO2). O estímulo do crescimento das plantas promovido pelas giberelinas também envolvem mudanças tanto na divisão como na expansão celular. Ainda que os efeitos gerais promovidos pelas giberelinas sejam conhecidos, o seu papel na determinação do crescimento sob concentração de CO2 elevada são pouco explorados. Nesse contexto, buscou-se compreender o papel das giberelinas no crescimento de plantas de tomate tratadas com paclobutrazol (PAC), um inibidor da biossíntese de giberelinas, cultivadas sob concentração de CO2 ambiente (400 μmol CO2 mol-1 ar) e elevada (750 μmol CO2 mol-1 ar). Para isso, sementes de tomate (Solanum lycopersicum L.) cv Santa Clara foram semeadas em vasos de polietileno de 3,5 L de capacidade contendo substrato comercial. Após 18 dias, 20 ml de água (controle) ou 20 ml de suspensão de PAC (1 mM) foram distribuídos na superfície do substrato. Dois dias após ao tratamento com PAC, as plantas foram transferidas para câmaras de topo aberto em casa de vegetação sob concentração de CO2 ambiente e elevada. Para as análises anatômicas foram utilizadas seções foliares retirados da região mediana da folha do terceiro entrenó e seções do caule do terceiro entrenó. Em plantas de tomate tratadas com PAC sob concentração de CO2 ambiente, as células do parênquima paliçádico mostraram-se mais diferenciadas e justapostas. A espessura da epiderme nas faces abaxial e adaxial, bem como a espessura do parênquima paliçádico não foram significativamente afetadas pelo tratamento com PAC em plantas cultivadas sob concentração de CO2 ambiente e elevada. A espessura do parênquima lacunoso, a espessura total da folha e a densidade estomática tanto na face abaxial quanto adaxial da epiderme aumentaram nas plantas tratadas com PAC sob concentração de CO2 ambiente, mas não em plantas mantidas sob concentração de CO2 elevada. O PAC reduziu os espaços intercelulares das folhas das plantas cultivadas tanto sob concentração de CO2 ambiente quanto elevada. Ademais, o PAC reduziu a área das células do parênquima medular e a área dos vasos do xilema bem como o diâmetro do entrenó e o comprimento das células do entrenó em comparação com as plantas do controle sob concentração de CO2 ambiente. Entretanto, os efeitos inibitórios do PAC foram revertidos quando as plantas foram mantidas sob concentração de CO2 elevada. Em adição, o PAC aumentou o número de células do parênquima medular do caule em plantas sob concentração de CO2 ambiente, mas não em plantas sob concentração de CO2 elevada. Em conclusão, a concentração de CO2 elevada foi capaz de restaurar a anatomia da folha e do caule das plantas sob inibição da biossíntese das giberelinas.
Palavras-chave dióxido de carbono, expansão celular, giberelinas
Forma de apresentação..... Painel
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