Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 7593

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Recursos Florestais e Engenharia Florestal
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Luiz Henrique Elias Cosimo
Orientador SEBASTIAO VENANCIO MARTINS
Outros membros Aldo Teixeira Lopes, Diego Balestrin, Wesley da Silva Fonseca
Título Composição florística e estrutura do componente arbóreo de uma floresta restaurada em área minerada, Descoberto, MG
Resumo A mineração é uma atividade de grande importância econômica para Minas Gerais, desta forma a restauração das áreas mineradas é extremamente importante para atingir o desenvolvimento sustentável. Este estudo faz parte de um convênio entre a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA-Votorantim) e o Laboratório de Restauração Florestal (LARF-UFV), que tem como meta o monitoramento ecológico e a implantação de experimentos de restauração, visando a sustentabilidade ambiental da atividade de mineração de bauxita na região. O objetivo do estudo foi avaliar a composição florística e estrutura de uma floresta em processo de restauração há 12 anos, localizada em Descoberto, na Zona da Mata de Minas Gerais. Na área foi realizada a extração de bauxita, seguida de reconformação topográfica, devolução do topsoil, calagem, fosfatagem, plantio em área total de mudas de espécies arbóreas e manutenções (coroamento, adubações, controle de formigas cortadeiras e reparos de cercas). Foi realizado o inventário florestal tipo censo, onde foram medidos e identificados todos os indivíduos com CAP (circunferência a altura de 1,30 m do solo) igual ou superior a 15 cm. As espécies foram classificadas quanto à categoria sucessional e síndrome de dispersão de sementes. Foram calculados os índices de diversidade de Shannon (H’) e equabilidade de Pielou (J’). Foram encontradas 64 espécies, distribuídas em 23 famílias botânicas, com uma densidade de 1664 indivíduos/ha. Destas espécies, 35,94% são pioneiras, 40,63% secundárias iniciais e 15,63% secundárias tardias. Quanto à dispersão, 45,31% são zoocóricas, 29,69% anemocóricas e 17,19% autocóricas. A diversidade (H’) foi de 3,25 e a equabilidade (J’) de 0,78, indicando boa diversidade e alta heterogeneidade florística, com o número de indivíduos bem distribuído entre as espécies. As espécies com maior valor de importância (VI) foram Anadenanthera peregrina (L.) Speg., Cecropia hololeuca Miq., Inga vera Willd., Hymenaea courbaril L. e Croton urucurana Baill. Os valores de diversidade florística, estrutura e a predominância de espécies zoocóricas indicam que a floresta já está em avançado estado de restauração em termos de diversidade arbórea e processos ecológicos, sendo bastante similar às florestas secundárias da região. Cabe destacar também que algumas espécies arbóreas já raras nas florestas nativas regionais como o jatobá (H. courbaril) foram plantadas e apresentam ótimos valores de sobrevivência e crescimento.
Palavras-chave Restauração ecológica, mineração, monitoramento
Forma de apresentação..... Oral
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