Resumo |
O presente trabalho tem como objetivo socializar a experiência vivenciada por meio de elementos cultura afro-brasileira, com crianças e jovens do Bairro Santa Clara, localizado no município de Viçosa, MG. Esta experiência teve início no ano de 2003, por meio do projeto de Extensão intitulado Cultura Afro brasileira: mudança de contexto, onde esses elementos eram trabalhados a partir da dança Afro brasileira. Atualmente, utilizamos da linguagem corporal por meio de aulas e oficinas de Capoeira Angola, ritmo, canto, Samba de Roda, Maculelê como meio de expressão pessoal, coletiva e participação social. As ações de extensão têm como eixo temas da cultura afro-brasileira buscando a valorização da diversidade cultural, inclusão e educação para as relações étnico-raciais e de gênero. Também são realizadas rodas de conversa e rodas de Capoeira com os(as) participantes da Associação Porão de Angola e membros da comunidade e com projetos voltados a capoeira Angola de Viçosa, da região e de outros estados brasileiros num intercâmbio cultural a partir de vivências . As atividades acontecem duas vezes por semana, na segunda e na sexta-feira, no salão Paroquial do bairro Santa Clara, e de segunda a sexta na sede do Porão de Angola no bairro Estrelas. Observamos até momento, que o número de participante do projeto está oscilando entre vinte e trinta educandos e educandas desde o início das atividades, sendo que iniciamos com aproximadamente quatorze meninas e quinze meninos dentre criança, jovens e adultos freqüentando regularmente as atividades oferecidas pelo projeto; além disso, o grupo vem se apropriando de suas origens afrodescendentes, assim como, ampliando seu conhecimento sociocultural e a valorização da cultura negra local o que é de suma importância para que eles(as) possam ressignificar valores, e possam a partir disso ter uma maior criticidade da realidade. Para a equipe, vale destacar que os estudos sobre cultura popular e saberes tradicionais alternativos aos da cultura hegemônica tem contribuído para nos sensibilizar a uma prática educacional que valoriza as diferenças na busca de uma transformação social e de nós mesmos. Acreditando em uma pedagogia de troca entre educador-educandos(as), sociedade e dos saberes tradicionais da cultura através de Mestres e Mestras da culturais que contribuam significativamente para uma formação de sujeitos críticos, e autônomos, podemos atribuir valor real ao trabalho desenvolvido e fazendo assim que os(as) alunos(as) e seus familiares tenham uma visão ampliada da cultura e da sociedade |