Resumo |
Introdução: O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) vem sendo associado frequentemente com alterações do Índice de Massa Corporal, tanto com o seu aumento (sobrepeso) quanto a diminuição excessiva (desnutrição). Nesse sentido, o objetivo do presente estudo foi verificar a prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças com e sem sintomas de TDAH. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa quantitativa, de corte transversal, composta por 22 crianças do sexo masculino com idade, média de 10,64 (± 0,14), matriculadas no 5º de escolas públicas do município de Viçosa-MG. Dessas 22 crianças, 11 apresentaram sintomas de TDAH. Foram aplicados dois questionários, o Swanson, Nolan e Pelham-IV (SNAP-IV), para identificar os sintomas de TDAH e um socioeconômico. Com o intuito de avaliar o IMC, realizou-se as medidas antropométricas de peso e estatura. Os dados foram analisados estatisticamente, por meio da estatística descritiva (média e desvio-padrão) e cálculo de prevalências. Inicialmente aplicou-se o Shapiro Wilk para verificar a distribuição da amostra e para comparar as médias entre os grupos independentes utilizou-se o teste Mann Whitney. Em todos os tratamentos adotou-se um nível de significância de p<0,05. Os dados foram analisados pelo programa estatístico SPSS versão 22. Resultados: Do total da amostra 72,7% das crianças avaliadas, obtiveram o peso normal, 18,2% estavam na situação de sobrepeso e 9,1% apresentaram obesidade. Quando analisado o grupo de crianças com os sintomas de TDAH, essas obtiveram um maior índice de sobrepeso (27,3%), já os participantes sem indicativos de sintomas, houve uma prevalência maior da obesidade (18,2%). Ao comparar os grupos independentes verificou-se que não houve diferenças significativas, relativas ao IMC em ambas as populações. Conclusão: Embora haja um aumento nos índices de massa corporal da população em geral, na pequena amostra avaliada, a grande maioria está dentro do peso ideal. Além disso, crianças com sintomas de TDAH não diferem significativamente das crianças sem indicativos do transtorno, quando comparado o IMC. |