Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 7581

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Nutrição
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Brenda Kelly Souza Silveira
Orientador HELEN HERMANA MIRANDA HERMSDORFF
Outros membros Ana Helena Moretto Capobiango, Fernanda Santos Fortes, Larissa Pereira Lourenço, Nínive de Almeida Reis
Título Mudanças no consumo alimentar influenciadas pelo estado emocional e sua relação com excesso de peso, uso de medicamentos e inflamação subclínica
Resumo As escolhas alimentares podem ser influenciadas pelo estado emocional e psicológico. Nesse contexto, a depressão e a ansiedade estão associadas à preferência por alimentos adoçados e processados, bem como menor ingestão de alimentos in natura, o que favorece o desenvolvimento e progressão de doenças cardiovasculares. O objetivo do estudo foi avaliar a relação entre o auto-relato do estado emocional e mudanças no consumo alimentar com uso de medicamentos, indicadores de adiposidade e inflamação subclínica em usuários do Programa de Atenção à Saúde Cardiovascular-PROCARDIO-UFV. Foi aplicado questionário para coletar informações sobre estado emocional, uso de medicamentos, atividade física, tabagismo e dados sociodemográficos. Foi aplicado recordatório 24 horas e a composição dos alimentos foi estimada com auxílio do Software DietPro (versão 5.8.1). Peso e altura foram aferidos de acordo com protocolo padronizado. O índice de massa corporal (IMC) foi calculado e usado para classificação da amostra quanto à ocorrência de excesso de peso. A proteína C reativa ultrassensível foi determinada por exame de sangue realizado após jejum de 12 horas no Laboratório de Análises Clínicas da Divisão de Saúde (UFV), segundo método de imunoturbidimetria. Como resultados, o relato da influência do estado emocional sobre o consumo alimentar esteve prevalente em 67% da amostra total, principalmente entre as mulheres (78,7% vs 52,2%, p<0,001). Entre aqueles que relataram mudar hábitos alimentares de acordo com estado emocional, 62% aumentavam a quantidade total de alimentos ingeridos e 25,3% aumentavam a ingestão de doces. Além disso, apresentaram, maior ocorrência de inflamação subclínica (PCR>3 mg/L, 47,1% vs. 70,2%, p=0,042), uso de antidepressivos (15,8% vs. 84,2%, p=0,017) e tranquilizantes (65,6% vs. 84,6%, p=0,040), bem como ingestão excessiva de açúcares simples (> 10% do Valor Calórico Total, 63,1% vs. 80,8%, p=0,005). Houve também maior prevalência de excesso de peso (IMC ≥ 25,0 kg/m2 para adultos e ≥ 28,0 kg/m2 para idosos, 59,7% vs. 70,4%, p=0,112), que apesar de não significante, foi clinicamente expressiva. Em conclusão, o estado emocional foi relacionado com inflamação subclínica, ingestão excessiva de açúcar e uso de antidepressivos e tranquilizantes em indivíduos com risco cardiometabólico atendidos no PROCARDIO-UFV, sugerindo que o trabalho multidisciplinar (acompanhamento nutricional e psicológico) pode ser determinante para o sucesso do tratamento clínico-nutricional e controle das doenças cardiovasculares.
Palavras-chave Comportamento Alimentar, Ansiedade, Doenças Cardiovasculares
Forma de apresentação..... Oral, Painel
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