Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 7580

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Educação Física
Setor Departamento de Educação Física
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG, FUNARBE, SICOOB-UFVCredi
Primeiro autor Felipe Ruy Dambroz
Orientador THALES NICOLAU PRIMOLA GOMES
Outros membros ISRAEL TEOLDO DA COSTA
Título Influências da temperatura ambiente nos desempenhos físicos e técnicos das equipes nas Copas do Mundo na África do Sul (2010) e no Brasil (2014)
Resumo O futebol é um esporte praticado em ambiente aberto e está sob a interferência das condições ambientais do local do jogo. As condições ambientais do dia do jogo podem acarretar alterações fisiológicas e psicológicas nos jogadores e influenciar o desempenho esportivo das equipes. Embora essas alterações influenciem a parte técnica, física e psicológica de equipes e jogadores, a literatura ainda carece de estudos que se proponham a avaliar os efeitos da temperatura ambiente no desempenho das equipes em competições de alto nível, disputadas em locais com grande variabilidade de temperatura. O objetivo do presente estudo foi verificar os efeitos da temperatura ambiente sobre o desempenho físico e técnico das equipes nas Copas do Mundo no Brasil e na África do Sul. A amostra foi composta por jogos da Copa do Mundo no Brasil 2014 (n=57; 24,98 ± 4,51°C) e na África do Sul 2010 (n=57; 14.69 ± 4,70 °C), sendo excluídos da amostra jogos que foram para prorrogação (n=11) e sem valores de temperatura (n=3). Os dados foram coletados no site da Fédération Internationale de Football Association (FIFA). As temperaturas foram classificadas em quatro faixas: ≤ 10 °C; 11 – 20°C; 21 – 30 °C; 31 – 33 °C. As variáveis físicas (distância média percorrida - metros) e técnicas (passes tentados; passes completados; percentual de passes acertados; remates ao gol; remates no gol; percentual de remates no gol; gols) foram avaliadas em cada faixa de temperatura. Foi realizado o teste de Kolmogorov-Smirnov para normalidade. Utilizou-se ANOVA Two-Way e Kruskal-Wallis para comparar as variáveis analisadas. Realizou-se Post-Hoc de Tukey e Mann-Whitney com p<0,05. Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa (8394315.7.0000.5153). Os resultados indicaram que na faixa de temperatura 11 – 20°C as equipes percorreram maiores distâncias (p=0,001). Nas faixas de 21 – 30º e 31 – 33ºC as equipes realizaram mais remates no gol e tiveram um percentual de acerto maior neste fundamento (p=0,001). Além disso, na faixa de temperatura 21 – 30º as equipes acertaram mais passes (0,001). Por outro lado, não houve diferença de valores entre as faixas de temperaturas para as variáveis: finalizações ao gol; gol; passes e passes acertados. Conclui-se que nas Copas do Mundo da África do Sul 2010 e Copa do Mundo do Brasil 2014 as equipes que disputaram jogos em temperaturas ambientes mais quentes sofreram efeitos negativos no desempenho físico, percorrendo menores distâncias. Por outro lado, houve um efeito positivo no desempenho técnico, sendo que no calor as equipes acertam mais a baliza adversária e erraram menos passes.
Palavras-chave Futebol, Calor, Termorregulação.
Forma de apresentação..... Painel
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