Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 7564

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Bioquímica
Setor Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Lizandra Cristina de Oliveira Figueiredo
Orientador VALERIA MONTEZE GUIMARAES
Outros membros Rafaela Zandonade Ventorim, WENDEL BATISTA DA SILVEIRA
Título Expressão de xilanases utilizando soro de queijo como indutor e avaliação dos efeitos da imobilização na atividade enzimática
Resumo As xilanases (E.C. 3.2.1.8) são glicosidases que clivam as ligações β-1,4 no esqueleto principal da xilana liberando oligômeros de xilose. Essas enzimas têm sido descritas com potencial para aplicação nas indústrias alimentícia, têxtil e de papel, entretanto os principais limitantes de sua utilização nos processos industriais são o alto custo de produção e a dificuldade em se obter enzimas resistentes às condições de temperatura e pH empregadas. As xilanases utilizadas nesse trabalho (SWT, SWT T30, SM2 e SM2 T30) foram obtidas pelo grupo de pesquisa a partir do gene da xilanase (XynA) de Orpinomyces sp. PC-2. Os objetivos desse trabalho foram: substituir o agente indutor IPTG (Isopropil-β-D-1-tiogalactopiranosídeo) pelo soro de queijo no sistema de expressão heteróloga, imobilizar as enzimas em alginato de cálcio e caracterizá-las quanto ao efeito da temperatura e pH. Na primeira etapa deste trabalho a expressão das xilanases, previamente clonadas em E. coli BL21 (DE3)RIPL, foi inicialmente induzida com lactose pura 10, 50 e 100 mM, para verificar o potencial indutor do soro de queijo. Em seguida, foi testado soro de queijo com concentração de lactose estimada em 10, 20 e 50 mM. A atividade de xilanase e concentração de açúcar redutor (lactose) no soro foram quantificadas usando o reagente ácido dinitrossalicílico (DNS) e a concentração de proteínas foi quantificada pelo método ligante de Coomassie. Na segunda etapa, as xilanases foram expressas com lactose 10 mM, imobilizadas em alginato de cálcio e a atividade de xilanase foi avaliada pela formação de açúcar redutor nas faixas de temperatura de 30-80°C e pH 2-11. Nos experimentos de indução, a atividade enzimática obtida nos testes com lactose pura foi inferior ao controle com IPTG 0,25 mM, indicando menor expressão das xilanases. Entretanto, a atividade de xilanase obtida após a indução com soro de queijo foi estatisticamente igual à atividade obtida na indução com IPTG, revelando o potencial desse subproduto dos laticínios como agente indutor em substituição ao uso do indutor sintético IPTG. Além disso, a imobilização com alginato de cálcio se mostrou interessante uma vez que ampliou a faixa de atuação das enzimas em relação à temperatura e ao pH. Dessa forma, a substituição do IPTG pelo soro de queijo se mostrou interessante para produção das xilanases em um processo menos oneroso e, com a imobilização, as enzimas adquiriram propriedades mais adequadas para diversas aplicações, principalmente nas indústrias de alimentos e em processos que permitam a recuperação das esferas para posterior reutilização.
Palavras-chave xilanase, superexpressão, imobilização
Forma de apresentação..... Painel
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