Resumo |
Introdução: Existem evidências dos benefícios do consumo de leguminosas sobre a redução dos riscos de doenças crônicas não transmissíveis, sobretudo na modulação de marcadores pró inflamatórios. Dentre as leguminosas, o feijão lidera as preferências de consumo em várias regiões do mundo. O Brasil se destaca no âmbito mundial como o maior produtor e consumidor de feijão, sendo a variedade carioca a mais consumida. Contudo, estudos sobre a influência do tempo de armazenamento sobre as características nutricionais desses feijões são escassos. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito do armazenamento sobre a composição química centesimal, amido resistente, fenólicos totais e atividade antioxidante de feijões (Phaseolus vulgaris L.). Metodologia: Foram caracterizados cinco genótipos de feijão comum da variedade carioca contrastantes para endurecimento e escurecimento sob condições controladas de armazenamento. As análises foram realizadas com as farinhas integrais dos grãos de feijões crus logo após a colheita (tempo 0) e após seis meses de armazenamento à temperatura de 21ºC e umidade relativa do ar controlada a 65%. As farinhas foram analisadas quanto à composição química centesimal, fibra alimentar total e frações, amido resistente, fenólicos totais e atividade antioxidante. Os dados foram analisados utilizando os softwares estatísticos Statistical Analysis System, versão 9.2 e GraphPad Prism versão 6.0. Resultados: Observou-se que o armazenamento por seis meses à temperatura ambiente e umidade relativa do ar inferior a 65% aumentou (p<0,05) de 9,8% a 26,5% a concentração de amido resistente nos genótipos avaliados (p= 0,0049) e não alterou outras frações da composição química centesimal, fibra alimentar total e frações, fenólicos totais e atividade antioxidante dos feijões Cariocas. Conclusão: O armazenamento, sob as condições deste estudo, aumentou o conteúdo de amido resistente dos genótipos de feijão carioca contrastantes para os processos de endurecimento e escurecimento. |