Resumo |
Entre os fatores que afetam significativamente o desenvolvimento da canola, destaca-se a interferência ocasionada pelas plantas daninhas, as quais, se não controladas podem comprometer, além da produtividade a qualidade dos grãos. Entre as plantas daninhas que infestam a canola destacam-se o nabo e o azevém por apresentarem elevada competitividade pelos recursos água, luz e e nutrientes. Objetivou-se comparar as habilidades competitivas de genótipos de canola com biótipos de nabo e de azevém, em diferentes proporções de plantas na associação. Os ensaios foram conduzidos em casa de vegetação, sendo as unidades experimentais constituídas por vasos plásticos com capacidade para 8 dm3, preenchidos com solo. O delineamento experimental adotado foi o DBC com quatro repetições. Os competidores testados foram os híbridos de canola Hyola 61, Hyola 76, Hyola 433 e Hyola 571 CL, os quais competiram com biótipos de nabo e de azevém. Aos 50 dias após a emergência das espécies, efetuou-se a aferição da área foliar e da massa seca da parte aérea tanto da canola quanto dos competidores. A análise da competitividade foi efetuada por meio de diagramas aplicados a experimentos substitutivos, determinando-se a produtividade ou variação relativa (DPR), obtidos nas proporções 25, 50 e 75%, em relação aos valores pertencentes à reta hipotética nas respectivas proporções, quais sejam, 0,25; 0,50 e 0,75 para produtividade relativa – PR. Para as combinações de plantas da canola Hyola 61, Hyola 76, Hyola 433 e Hyola 571 CL com os biótipos de nabo e/ou azevém que os quatro híbridos mostraram semelhanças quanto à competição com as espécies daninhas, ocorrendo diferenças significativas para as variáveis AF e MS nas proporções de plantas testadas. Com relação à PRT, houve diferenças significativas entre os valores esperados e estimados para todas as variáveis estudadas, tendo estas apresentado valores médios próximos ou maiores que 1 somente para a variável AF quando o híbrido de canola Hyola 76 competiu com nabo na proporção de 25:75, ao passo que as demais apresentaram valores inferiores a 1, em todas as combinações. Houve competição pelos mesmos recursos do ambiente, havendo prejuízo mútuo para o crescimento. Em todas as simulações avaliadas, as espécies não diferiram entre si para as duas variáveis em estudo, exceto para a AF em duas situações: na primeira, quando o híbrido Hyola 76, na proporção de 25:75 na presença de nabo, a planta daninha apresentou-se mais competitiva que a canola e, na segunda, quando a Hyola 433 foi mais competitiva que o azevém em todas as proporções de plantas. Ocorreu competição entre os híbridos de canola (Hyola 61, Hyola 76, Hyola 433 e Hyola 571 CL) na presença do nabo e/ou azevém, sendo afetados negativamente, independentemente da proporção de plantas provocando redução na AF e MS das espécies. A habilidade competitiva do híbrido de canola Hyola 433 é maior do que os demais, quando na presença do nabo. |