Resumo |
A palma de óleo é a principal cultura oleaginosa do mundo, sendo responsável por mais de um terço da produção global de óleos vegetais. Seus frutos produzem dois tipos diferentes de óleos: palma, extraído do mesocarpo, e palmiste, extraído da semente. O processamento dos cachos de palma demandam grande quantidade de energia elétrica e vapor. Entretanto, a cultura gera grande quantidade de biomassa residual com elevado conteúdo energético. Devido a essas características a cogeração, produção concomitante de eletricidade e energia térmica, é largamente utilizada em plantas de beneficiamento de palma. A sua utilização possibilita a redução de custos operacionais e, em alguns casos, a geração de receita pela comercialização de energia excedente. A termoeconomia de maneira geral é a associação de conhecimentos de termodinâmica, engenharia e economia para o estudo de sistemas energéticos. A literatura recomenda o uso das metodologias de análise exergética como a maneira mais correta de se avaliar esses sistemas. Esse estudo aplica os conceitos de termoeconomia, mais especificamente, a análise exergoeconômica a um projeto de cogeração com biomassa residual da palma, em que o objetivo foi mensurar os custos de geração de vapor e eletricidade e o impacto da cogeração na viabilidade em uma planta de beneficiamento de palma e produção de biodiesel. Sendo a abordagem Specifc Exergy Costing (SPECO) escolhida. A unidade de cogeração foi dimensionada para atender a demanda energética de uma planta de extração de óleo, associada a produção de biodiesel, com capacidade de processamento de 50 toneladas de cachos de frutos frescos de palma por hora. Os valores encontrados para o vapor e eletricidade foram, respectivamente, de 12,18 R$/ton e 124,12 R$/MWh. Ao se comparar o custo de produção da energia com o custo de sua compra, constatou-se que a implantação da unidade de cogeração pode gerar uma economia anual de pelo menos R$ 5.804.575,27, apenas para a unidade de processamento deste estudo. |