Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 7486

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Engenharia Sanitária
Setor Departamento de Engenharia Civil
Bolsa PIBITI/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Matheus Sales Alves
Orientador RAFAEL KOPSCHITZ XAVIER BASTOS
Título Produção de tinta imobiliária com lodo de estação de tratamento de água
Resumo Entre os principais desafios enfrentados pelas empresas de saneamento no Brasil destaca-se o manejo (tratamento e destinação final) dos resíduos de estações de tratamento de água (ETA). Na busca por soluções para esse passivo ambiental, devem ser incentivadas alternativas que promovam a valorização e aproveitamento do resíduo em fins produtivos, em detrimento do simples descarte. Nesse sentido, o presente trabalho buscou avaliar a viabilidade de incorporação do lodo de ETA na produção de tinta imobiliária a base de água. Essa possibilidade é baseada no conhecimento já consolidado na produção de tinta com solo e na similaridade de composição do lodo de ETA e de solos utilizados na produção de tinta (ex.: proporções elevadas de silte e argila alto teor de óxido de ferro). Como matéria-prima foram utilizados dois tipos de lodo: (i) de uma ETA que utiliza PAC (policloreto de alumínio) como coagulante; e (ii) de uma ETA cuja água bruta apresenta elevados teores de ferro e que utiliza o cloreto férrico como coagulante. Foram testadas duas resinas usualmente empregadas na produção de tinta imobiliária a base de água: PVA e acrílica. O desenvolvimento da tinta de lodo obedeceu às seguintes etapas: (i) teste de produção da tinta com lodo in natura; (ii) tratamento do lodo por via ácida (H2SO4 1 N) e alcalina (NaOH 1N) para remoção do coagulante e de matéria orgânica; (iii) ensaios de desagregação mecânica e de defloculação química do lodo utilizando silicato de sódio; (iv) preparação das tintas, proporção (em volume) de 85% de lodo e 15% de resina, variando o teor de sólidos do lodo (10, 12, 14 e 16%); e (v) análise de estabilidade e desempenho (viscosidade, cobertura e aderência) das tintas. Observou-se crescimento de fungos nas tintas armazenadas produzidas com lodo in natura e, no caso das tintas produzidas com lodo de PAC in natura, descamação após 30 dias da aplicação. O tratamento alcalino mostrou-se mais efetivo na melhoria da qualidade da tinta. Leituras do potencial zeta e testes de resistência especifica indicaram que o tratamento alcalino proporciona previamente a dispersão das partículas do lodo. Nesse sentido, o incremento na defloculação promovida pela adição do silicato de sódio foi muito baixo para as amostras de lodo tratado. A viscosidade mostrou-se crescente com o teor de sólidos, tornando-se um limitante para a aplicação da tinta. Por outro lado, o aumento no teor de sólidos implicou aumento do poder de cobertura, para as duas resinas avaliadas A manutenção de pH acima de 9 em amostras de lodo armazenadas por período superior a 60 dias inibiu a proliferação de fungos. O baixo poder de cobertura apresentado pelas tintas incentivou a adição de caulim como pigmento branco. A avaliação preliminar da adição de caulim e seu reflexo no poder de cobertura levou a resultados positivos para ambas as resinas avaliadas.
Palavras-chave lodo, água, tinta
Forma de apresentação..... Painel
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