Resumo |
Visando avaliar possíveis melhorias nas propriedades mecânicas do ligante asfáltico esta pesquisa tem como objetivo analisar o comportamento mecânico de misturas betuminosas a quente modificadas com polímeros, para aplicações em pavimentação. Empregou-se o concreto asfáltico dosado nas faixas granulométricas B e C, conforme a especificação de serviço ES 385 (DNER, 1999). Na produção deste concreto asfáltico utilizaram-se os seguintes materiais: brita 0, brita 1, pó de pedra oriundo da pedreira Ervália, localizada em Ervália-MG, e cimento asfáltico de petróleo modificado por polímero do tipo SBS fornecido pela empresa Stratura S/A, localizada em Betim-MG. A metodologia englobou a realização de ensaios de caracterização dos agregados e ligante asfáltico, além do emprego do método Marshall, com teores de ligante asfáltico variando de 4,2% a 6,2%, com intervalos de 0,5%, visando a determinação do teor de projeto de ligante asfáltico para cada faixa granulométrica mencionada. Posteriormente, foram moldados três corpos de prova no teor ótimo de ligante asfáltico determinado para cada faixa granulométrica e outros com variações de ± 0,10% em relação ao teor de projeto determinado, os quais foram ensaiados segundo a metodologia Marshall e submetidos aos ensaios de resistência à tração por compressão diametral e de módulo de resiliência. Ao analisar a composição granulométrica das misturas betuminosa a quente, tem-se que as faixas B e C apresentaram curvas granulométricas contínuas e bem-graduadas que tendem a proporcionar um esqueleto mineral com poucos vazios, visto que os agregados de dimensões menores preenchem os vazios dos maiores; e a composição granulométrica da faixa B quando comparada com a faixa granulométrica C, apresenta partículas com maiores diâmetros. Assim, em função do arranjo de partículas com maiores diâmetros, o teor de projeto de ligante asfáltico requerido para cobrir as partículas e ajudar a preencher os vazios, na faixa granulométrica B, foi de 4,8%, sendo 0,5% a menos do que a quantidade necessária para a faixa granulométrica C. Mas para ambas as faixas granulométricas, as misturas betuminosas contaram com certo volume de ar após a compactação, valores estes no intervalo entre 3% e 5%. Deve-se ressaltar que foram considerados neste trabalho os valores de estabilidade e fluência devido a exigência da especificação de serviço ES – 385 (DNER, 1999). Porém, o parâmetro de fluência não é representativo e está em desuso, tanto que na especificação de serviço ES – 031 (DNIT, 2006), mais recente do que a supracitada, a fluência não é considerada como parâmetro da mistura betuminosa.Os melhores valores de estabilidade, resistência à tração por compressão diametral e módulo de resiliência ocorreram para a faixa granulométrica B, geralmente associados à sua composição granulométrica e em função do teor de betume de projeto. |