Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 5199

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Doenças, reprodução e comportamento animal
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, FAPEMIG
Primeiro autor Felipe Couto Santos
Orientador Rômulo Dias Novaes
Outros membros Eliziaria Cardoso dos Santos, Jerusa Maria de Oliveira, LEANDRO LICURSI DE OLIVEIRA, Marli do Carmo Cupertino
Título Infecção por Trypanosoma cruzi e terapia com benzonidazol estimulam isoladamente o status oxidativo do tecido hepático.
Resumo O presente estudo utilizou-se do modelo murino para Doença de Chagas para elucidar o impacto, isolado ou combinado, da infecção por Trypanosoma Cruzi e da terapia com Benzonidazol(BZ) sobre a função hepática. Trinta e seis camundongos C57BL/6 com 10 semanas de idade foram obtidos do Biotério Central da Universidade Federal de Viçosa, mantidos em condições controladas de temperatura 21±2 °C e umidade relativa 60–70 % com ciclos de 12hrs de luz. Os animais receberam comida e água ad libitum. Todos os procedimentos foram aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais da Universidade Federal de Viçosa (CEUA/UFV protocolo 77/2012. Os animais foram divididos aleatoriamente em 4 grupos com nove animais cada: não infectado (NI); não infectado e tratado com BZ (NI+BZ); infectado e não tratado (INF); infectado e tratado com 100mg/kg de BZ (NI+BZ). Os animais infectados foram inoculados intraperitonealmente com a cepa Y de T. cruzi(5 mil formas tripomastigotas em 0,1mL de sangue de um camundongo infectado). BZ (Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco, Brazil) foi suspenso em 1 % carboximetilcelulosedissolvido em agua destilada e administrado por gavagem durante 15 dias. O sangue foi centrifugado a 3000xg por 15 min. O soro foi coletado para quantificação dos marcadores funcionais de dano hepático aspartatoaminotransferase (AST), alanina amoinotransferase (ALT), fosfatase alcalina (ALP) através de kit comercial enzimático (BioclinLaboratório, Belo Horizonte, MG, Brasil). A atividade das enzimas antioxidantes foram avaliadasa partir do fragmento do fígado (100mg) homogeneizado em tampão fosfato(pH7,0) e centrifugado a 3500xg. O sobrenadante foi utilizado para análise da catalase, glutationa-s-transferase e superóxido dismutase. Os produtos da oxidação lipídica foram analisados pela mensuração do malondealdeido pelo mesmo sobrenadante. A oxidação protéica foi analisada através da determinação das proteínas carboniladas presentes no pallet do tecido hepático. Separadamente, a infecção por T. cruzi e o tratamento com o BZ resultaram em um status pro-oxidante que provocou a injúria hepática. A infeção por T. cruzi associada ao tratamento com BZ induziu o aumento das enzimas antioxidantes. BZ também provocou alteração funcional no fígado, verificado pelo aumento das transaminases hepáticas. Quando combinados, infecção por T. cruzi e a terapia com BZ provocaram um intenso dano hepático não compensado pelas enzimas antioxidantes, culminando em dano funcional. Juntos estes dados nos mostram que durante o tratamento especifico para doença de Chagas a patologia hepática pode ser um resultado da interação entre o metabolismo do BZ e mecanismos específicos ativados durante o curso natural da infecção por T. cruzi, além do efeito toxico isolado da droga na função hepática.
Palavras-chave Estresse oxidativo, Doença de Chagas, Patologia
Forma de apresentação..... Painel
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