Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 5174

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Alimentos, nutrição e saúde humana
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Luma de Oliveira Comini
Orientador ANA VLADIA BANDEIRA MOREIRA
Outros membros Camila Gonçalves Oliveira Chagas
Título Influência do consumo de algas no perfil lipídico de tecidos e produção de ácidos graxos voláteis em ratos
Resumo Poucos estudos avaliam os efeitos do consumo de macroalgas como alimento na saúde humana,mesmo seu consumo sendo crescente no Brasil, visto que são fonte de fibras e perfil lipídico relevante. Foi avaliada a influência do consumo da alga vermelha Gracilaria birdiae no perfil lipídico e produção de ácidos graxos voláteis em ratos recém desmamados. Conduziu-se o experimento com 24 ratos Wistar, divididos em 3 grupos que se diferiam pela fonte de fibra da dieta. Para o grupo controle foi utilizado celulose e para os grupos testes realizou-se a substituição parcial (grupo AP50%) e total (grupo AP100%) da fibra da dieta por algas. As dietas foram baseadas na AIN- 93G. O perfil lipídico do tecido adiposo e hepático foi avaliado por cromatografia gasosa, posteriormente à extração lipídica (FOLCH,1957) e esterificação (HARTMAN & LAGO,1973). Os ácidos graxos voláteis foram quantificados por HPLC com extração em ácido metafosfórico 25%. A umidade fecal foi mensurada por gravimetria. Os testes foram feitos em triplicata. Ao avaliar o tecido adiposo, observou-se que o grupo AP100 apresentou um perfil lipídico com maior concentração de ácidos poli-insaturados (32,8%±2,34) e menor concentração de saturados (22,5%± 2,37) (p<0,05), em relação aos grupos AP50 (24,9% ±2,78; 25,5% ±2,72) e controle (27,8% ± 1,67; 28,3% ±1,74) respectivamente. A substituição parcial da fibra já foi suficiente para aumentar a concentração de ácidos graxos monoinsaturados, obtendo o ácido oleico, como majoritário. No fígado, notou-se um comportamento inverso, visto que o grupo teste AP100, apresentou maior concentração de ácidos graxos saturados (principalmente esteárico) e menor concentração de monoinsaturados (p<0,05). Não houve diferença entre poli-insaturados nos grupos. A quantidade de acetato foi menor nos grupos testes (AP50 14,3±2,68; AP100 15,0 ± 3,43 µmol/g de fezes) em relação ao controle (21,8±3,47 µmol/g de fezes), sendo o butirato detectado apenas no controle (2,66±1,68 µmol/g de fezes). A produção de propionato não diferiu entre os grupos (p>0,05).A ingestão de alga contribuiu para fezes mais volumosas e úmidas, sendo esse benefício proporcional a quantidade consumida. Assim, pode-se inferir que o consumo de algas, além dos benefícios já proporcionados pelas fibras alimentares, parece favorecer a produção e utilização de ácidos graxos voláteis, sendo observado seus efeitos indiretos no tecido adiposo e hepático, provavelmente devido à regulação de enzimas relacionadas à biossíntese de ácidos graxos no organismo.
Palavras-chave perfil lipídico, Gracilaria birdiae, ácidos graxos.
Forma de apresentação..... Painel
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