ISSN | 2237-9045 |
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Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
Nível | Graduação |
Modalidade | Pesquisa |
Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
Área temática | Cidadania, inclusão social e direitos humanos |
Setor | Departamento de Ciências Sociais |
Bolsa | PIBIC/CNPq |
Conclusão de bolsa | Sim |
Apoio financeiro | CNPq |
Primeiro autor | Victor Cezar de Sousa Vitor |
Orientador | GUILLERMO VEGA SANABRIA |
Título | Cidade, Estigma e subjetivação: Experiências de pessoas HIV positivas em Viçosa-MG |
Resumo | Passadas mais de três décadas do surgimento dos primeiros casos da epidemia de HIV/AIDS no Brasil, atualmente convivemos com evidências de melhora na qualidade de vida das pessoas HIV positivas. Isto se deve, em grande parte, ao acúmulo de conhecimentos científicos e ao maior acesso a serviços de saúde especializados ao longo desses anos. Estas condições têm sido decisivas para que o HIV passasse a ser categorizado como doença crônica (GOMES A. M. T., SILVA E. M. P., OLIVEIRA D. C., 2011, p. 3), isto é, estabilizada, controlada, sem significar uma espécie de sentença de morte iminente para o paciente. Porém, processos de estigmatização, desqualificação e depreciação das pessoas vivendo com HIV/VIH no Brasil ainda operam como marcadores sociais de diferenciação em nossas interações sociais (SEFFNER, 1993; BASSO, FILHO, POLIDO, CÉSAR 2007, GOMES, SILVA, OLIVEIRA 2011; FILHO, GODINHO, REIS, PACHECO 2007, VALLE, C. G, 2002). Tais processos parecem reforçar a preocupação de algumas pessoas HIV positivos em ocultar suas condições sorológicas para evitar julgamentos morais. É notável que, comportamentos de reserva como esses podem estar diretamente relacionados às percepções de corpo e doença, especialmente em espaços tidos como públicos, de constante interação e circulação de pessoas. Esta proposta de pesquisa procurou refletir sobre os aspectos sócio-espaciais que emergem de experiências tidas como públicas, vivenciadas por pessoas vivendo com HIV, em espaços urbanos do município de Viçosa/MG. Partimos do pressuposto básico de que é possível identificarmos certas experiências (RABELO; ALVES, 2004), relatadas por pessoas vivendo com HIV, em que sua presença em espaços tidos como públicos permitem re-significar sua compreensão de si e colocam em evidência (ou não) modificações em suas formas de interação social e de engajamento nesses espaços. Em termos mais abrangentes, a pesquisa procurou descrever as relações possíveis entre o mundo social da AIDS e “espaços públicos” na cidade de Viçosa - MG, envolvendo experiências tanto de enfrentamento rotineiro do estigma associado ao HIV/AIDS como também de configuração de estratégias para evitá-lo. Assim, por exemplo, adquire relevância conhecer como os participantes da pesquisa encaram questões como a declaração ou a ocultação de sua condição sorológica. Atualmente, a pesquisa está em fase de análise dos primeiros dados etnográficos da experiencia do campo. |
Palavras-chave | espaço público, HIV, corpo |
Forma de apresentação..... | Painel |