Resumo |
O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos do exercício aeróbio associado à terapia de células-tronco mesenquimais (CTMs) na contratilidade de cardiomiócitos em ratos com infarto do miocárdio (IM). Ratos Wistar (idade: 30 dias; peso corporal: 118,01 ± 11,24g) foram divididos em seis grupos (n=7): CON SH e TR SH – Controle Sham e Treinado Sham; CON IM e TR IM – Controle Infartado e Treinado Infartado; CON IM CT e TR IM CT – Controle Infartado + CTMs e Treinado Infartado + CTMs. O IM foi induzido por ligadura da artéria coronária anterior descendente. Os animais dos grupos TR foram submetidos a um programa de corrida em esteira por 12 semanas (60 min/dia, 60-70% da velocidade máxima de corrida). CTMs da medula óssea do fêmur de ratos Wistar foram usadas para transplante celular alogênico através da veia caudal (dose: 1 x 106 células). A contratilidade de cardiomiócitos da área remanescente ao IM foi mensurada apropriadamente. A amplitude de contração celular não apresentou efeitos dos fatores infarto e terapia celular (Sham: 3,02 ± 0,21 %; Infarto: 3,59 ± 0,21 %; terapia celular: % ;p < 0,05), assim como do fator treinamento (Controle: 3,15 ± 0,17 %; Treinado: 3,22 ± 0,19 %; p > 0,05). Ainda, não houve interação entre os fatores (p > 0,05). Quanto ao tempo para o pico de contração, houve efeito independente do fator infarto que aumentou este tempo (Sham: 431, 88 ± 10,9 ms; Infarto: 464,86 ± 10,3 ms; terapia celular: 466,08 ± 10,88 ms; p < 0,05) e do treinamento que reduziu (Controle: 495 ± 8,73 ms; Treinados: 413 ± 8,71 ms; p < 0,05). Além disso, houve interação entre os fatores (p < 0,05). Os cardiomiócitos do grupo TR SH apresentaram menor tempo para o pico de contração celular do que os dos grupos TR IM e TR IM CT. Em relação ao tempo para 50% do relaxamento, houve efeito do fator infarto que aumentou este parâmetro (Sham: 252,41 ± 10,83 ms; Infarto: 290,13 ± 9,85 ms; Terapia celular: 267,16 ± 11,32 ms; p < 0,05), e da terapia celular que atenuou os efeitos do infarto. Também, houve efeito do fator treinamento que reduziu este tempo (Controle: 296,86 ± 8,70; Treinados: 242,95 ± 8,75; p < 0,05). Porém, não houve interação entre os fatores (p > 0,05). Conclui-se que o exercício aeróbio e a terapia com CTMs, isoladamente ou em combinação, não afetaram a amplitude de contração de cardiomiócitos em ratos com IM experimental. Todavia, o treinamento promoveu adaptações benéficas nos tempos de contração e relaxamento celular. A terapia celular beneficiou o tempo de relaxamento celular. A associação das terapias afetou positivamente apenas o tempo para o pico de contração celular. |