Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 5103

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Microbiologia
Setor Departamento de Microbiologia
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Cleonice Aparecida Salgado
Orientador MARIA CRISTINA DANTAS VANETTI
Outros membros François Baglinière
Título Purificação e caracterização de uma protease termorresistente de Serratia liquefaciens
Resumo Desde o início da década de 90, Pseudomonas foi o gênero de bactérias psicrotróficas reconhecido como o mais amplamente encontrado em leite cru e alguns produtos lácteos processados. Esse gênero tem capacidade de produzir a metaloprotease AprX, resistente ao calor que hidrolisa as micelas de caseína e causa a desestabilização do leite tratado termicamente durante o período de estocagem, causando prejuízos à indústria de laticínios. Até agora, essa protease é a única enzima termorresistente caracterizada no leite. Nos últimos anos, alguns estudos mostram que o gênero Serratia, principalmente a espécie Serratia liquefaciens, é frequentemente encontrada no leite cru. Essa espécie tem a capacidade de produzir a metaloprotease extracelular Ser2, cuja termorrêsistencia ainda não é bem caraterizada. Neste trabalho, a protease Ser2 produzida por S. liquefaciens proteolítica isolada do leite cru foi purificada e parcialmente caracterizada. Para isso, o gene ser2 foi clonado no plasmídeo de expressão PQE30-Xa, transformado na cepa Escherichia coli XL1-Blue, e, posteriormente, a protease foi expressa e purificada por cromatografia de afinidade. A enzima purificada apresenta massa molar estimada de 50 kDa por SDS-PAGE e possui a capacidade de hidrolisar caseína e azocaseína. A caracterização foi efetuada entre 4°C e 60°C e a protease apresentou atividade nesta ampla faixa de temperatura com atividade ótima a 37°C. Com relação à termoestabilidade, Ser2 tem uma atividade de 84%, 77% e 65% aos tratamentos de 80, 90 e 100°C por 5 minutos, respectivamente. Esses resultados mostraram que essa protease é resistente a tratamentos térmicos elevados. Para completar essa caracterização, alguns experimentos, como a avaliação da estabilidade térmica com outros tratamento térmicos usados na indústria do leite (30 minutos/65°C ; 15 segundos /72°C), a determinação do pH ótimo e a avaliação do efeito dos íons utilizando os compostos (MnSO4, CoCl2, ZnSO4 ,FeSO4, MgSO4 e FeCl3) e dos inibidores (ácido etilenodiamino (EDTA), fluoreto de fenilmetilsulfonila (PMSF), ditiotreitol(DTT), pepstatin A e benzamidina) irão ser realizados. A caracterização desta enzima termorresistente, permitirá desenvolver técnicas de controle sobre a sua atividade proteolítica em leite e outros produtos lácteos.
Palavras-chave Leite, Serratia liquefaciens, protease
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,76 segundos.