ISSN | 2237-9045 |
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Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
Nível | Graduação |
Modalidade | Ensino |
Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
Área temática | Artes, literatura e cultura popular |
Setor | Departamento de Ciências Sociais |
Bolsa | PIBID |
Conclusão de bolsa | Não |
Apoio financeiro | CAPES |
Primeiro autor | Everton Rodrigo Ferreira Pinto |
Orientador | MARCELO JOSE OLIVEIRA |
Título | Coé Viado - Performance linguística dos alunos do ensino médio de Viçosa. |
Resumo | O presente trabalho ainda em desenvolvimento, procura estabelecer uma observação participante da performance linguística no uso coloquial nas conversas entre estudantes do ensino médio da escola Raul de Leoni, escola a qual o autor é bolsista do PIBID."Coé viado, ce fez o trampo lá?" "Lespa, que trabaio, viado?" "Ô bobo, Aquele lá de português". Foi notado desde o início das atividades do PIBID, em 2015, que os alunos do local utilizavam-se de gírias e maneiras de tratamento entre seus pares muito distinto do meio universitário, e de outros espaços da cidade de Viçosa. No caso, nota-se que no diálogo acima entre estudantes, a gíria "viado", que normalmente é indicador pejorativo para sexualidade, nesse contexto tem outra conotação, e que é um tratamento comum naquele convívio. O mesmo com o termo "Lespa", tendo a mesma conotação com o termo "bobo". "Sai da frente ai!". "Cala a boca bichana!" Tal como o diálogo que segue, foi um tratamento dado a outro estudante que tem sua condição em ser homossexual, e lhe é dado o tratamento dos demais colegas, sendo que o termo "viado" lhe fosse dirigido. Assim, nosso foco de investigação repousa sobre estas formas coloquiais de tratamento, levando em consideração sua performance. Nos conflitos dentro da sala de aula, fica muito evidente o uso desses termos, tal como a formação de grupos internos, que influencia inclusive na forma como o professor consegue trabalhar seus conteúdos didáticos, e de um certo prestígio entre os alunos que usam ou não da linguagem como elemento de empoderamento. Trata-se do uso da linguagem como instrumento ideológico, socializador e de adesão de grupo e de poder, como refere-se Mikhail Bakhtin. Com base no método etnográfico, investigaremos tal fenômeno durante o convívio na escola sob as atividades do PIBID. A etnografia pauta-se pela técnica da observação participante, durante a qual o pesquisador participa ativamente do universo em observação, estabelecendo diálogos com os interlocutores de campo. As formas de fala serão de relevância na busca dos dados a serem analisados. |
Palavras-chave | Performance, Linguagem, gíria |
Forma de apresentação..... | Painel |