Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 5091

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ensino na saúde
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Jessica Cristini Pires Sant'Ana
Orientador PEDRO PAULO DO PRADO JUNIOR
Outros membros Lara dos Santos Silva, MARA RUBIA MACIEL CARDOSO, SILVIA ELOIZA PRIORE
Título Relação do peso de nascimento e índice de Apgar de partos realizados no município de Viçosa-MG no período de 1992 a 2001.
Resumo Introdução: A avaliação da vitalidade do recém-nascido (RN) e o peso ao nascer são de grande importância, pois representam fatores associados à morbimortalidade neonatal, responsável por 70% das mortes no primeiro ano de vida1. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), RN com peso inferior a 2999g, apresentam alta probabilidade de adoecimento ou óbito2. A vitalidade fetal é classificada através do Índice de Apgar (IA), desenvolvido pela médica Virginia Apgar, em 1953. Que consiste na avaliação da frequência cardíaca, esforço respiratório, tônus muscular, irritabilidade reflexa e cor da pele, no 1º, 5º e 10º minutos de vida3. Para cada um dos itens é atribuída uma nota de 0 a 2, somando 0 a 10 pontos. Nota entre 8 e 10 significa boa vitalidade, nota 7 relaciona-se a leve dificuldade, entre 4 e 6 diz-se de uma dificuldade moderada, e 0 a 3 RN grave4. Objetivo: Associar o peso de nascimento ao IA como instrumento de avaliação da vitalidade fetal. Metodologia: Pesquisa quantitativa a partir de prontuários hospitalares de parturientes de Viçosa. Este trabalho faz parte de um estudo intitulado: Condições de nascimento e alterações no leucograma na adolescência: Interação com o estado nutricional, composição corporal e risco cardiovascular. Para análise dos dados gerou-se duas categorias em relação ao IA: ≤7 dificuldade em adaptação à vida extrauterina e >8 boa vitalidade. O peso nascer foi classificado de acordo com a OMS em baixo (BP), insuficiente (PI), adequado (PA) e macrossomia (PM)5. Resultados: Foram avaliados 9762 prontuários, desses 7298 e 7655 continham registros de Apgar no 1º e 5º minuto respectivamente. No primeiro minuto observou-se 1123 RNs com índices ≤7 e 6175 com IA >8. No quinto minuto 288 apresentavam índices ≤7 e 7367 com valores >8. Quanto ao peso encontrou-se 859(8,8%) RN com BP, 2792(28,6) com PI, 5781(59,2%) PA e 330(3,4%) de PM. No primeiro minuto em RN com PA observou-se, 569(50,7%) de IA ≤7 e 3778(61,2%) >8. No BP 212(18,9%) obteve nota ≤7 e 406(66%) nota >8. No quinto minuto 100(34,7%) RN de PA, tiveram IA ≤7 e 4446(60,4%) >8. Nos BP 96(33,3%) receberam nota ≤7 e 563(7,6%) IA >8. A análise de qui-quadrado demonstrou associação significante entre o peso ao nascer e o IA. O teste de correlação também apresentou significância, observou-se que no primeiro e quinto minuto os RNs com maiores pesos apresentaram maiores índices de Apgar. Esses dados divergem de estudo realizado em Campinas6 que encontraram médias de Apgar no primeiro e quinto minutos >8, em RN pequenos para idade gestacional. Conclusão: Os resultados desse trabalho demonstram a relevância do monitoramento da gestante durante as consultas de pré-natal, em especial ao ganho de peso, mudanças nos hábitos e comportamentos, visto que esses fatores refletem no peso do RN. Os profissionais de saúde devem atentar para adesão precoce da mulher ao pré-natal e suas rotinas, visando a promoção da qualidade de vida da mulher e do concepto.
Palavras-chave Peso ao nascer, Índice de Apgar, Cuidado pré-natal
Forma de apresentação..... Painel
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