Outros membros |
Amanda Silva Cardoso Estevão, BEATRIZ SANTANA CAÇADOR, DEISE MOURA DE OLIVEIRA, Geisiane de Souza Costa, Julia Borges Figueiredo, Nayara Rodrigues Carvalho, Sarah de Resende Silva, Tiago da Silva Felipe |
Resumo |
Introdução: Com a reestruturação do modelo de saúde vigente no país e com a implantação da Estratégia Saúde da Família (ESF), resgatar a dimensão cuidadora em todos os trabalhadores de saúde constitui-se o maior desafio e grande nó crítico a ser superado para que o novo modelo de assistência à saúde se concretize no cotidiano do serviço. Diante desse desafio, vemos a Educação Permanente (EP) como uma estratégia capaz de proporcionar a reflexão sobre as atuais práticas de saúde e dar sustentação científica para tal. Podemos perceber na prática desses profissionais uma grande dificuldade de organizar e prestar a assistência adequada ao usuário portador de ferida na EFS. Associando essa questão, a uma formação muitas vezes deficiente e a falta de insumos e de capacitações sobre a temática, podemos concluir que realizar efetivamente um curativo torna-se um desafio. Sendo assim, o presente projeto optou a partir de uma demanda, trabalhar o manejo de feridas no âmbito APS com essa categoria, no município de Viçosa - MG. Objetivos: Relatar a experiência de uma oficina realizada em um projeto de extensão universitária com o objetivo de proporcionar aos TE uma reflexão sobre as práticas de classificação e manejo de feridas no contexto da APS. Descrição das Ações: A oficina foi conduzida por metodologias ativas de ensino-aprendizagem, de maneira a proporcionar aos TE ir de encontro com a tríade ação-reflexão-ação. Identificando a partir da prática desses profissionais fatores e situações reais significativos ao manejo de feridas. E dessa maneira, a prática foi teorizada, discutida e analisada durante os encontros e também em atividades nas UBS, com o intuito de transformá-la por meio de atividades de dispersão. Resultados: Esta oficina proporcionou um sentimento de valorização profissional aos TE, que não se percebem e não se sentem percebidos como membro da equipe multiprofissional da ESF. Sobre a assistência no tratamento de feridas, evidenciamos uma falha no processo de EP dos profissionais de enfermagem, o que confirma a possível insuficiência de conhecimentos a respeito desta temática. Dessa maneira, acreditamos que a oficina tenha contribuído para a ampliação da competência e do reconhecimento do trabalho do TE, além de ter colaborado para sua maior inserção nas práticas de saúde, estimulando toda sua potencialidade e garantindo assim uma assistência resolutiva e de qualidade aos usuários. Conclusão: Mediante o exposto, verifica-se a importância da implementação da estratégia de EP, de modo a buscar um maior conhecimento sobre o assunto para que estes profissionais possam de fato exercer e atuar com maior segurança e qualidade no processo de manejo e classificação de feridas. Nesse sentido, o projeto com os TE, além de promover a motivação para o trabalho, proporciona autonomia em temas como esse tão importantes e torna a assistência mais efetiva, humana e realmente baseada em saberes científicos e práticos. |