Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 5037

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Biologia, produção e manejo animal
Setor Departamento de Zootecnia
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Anna Luiza Lacerda Sguizzato
Orientador MARCOS INACIO MARCONDES
Outros membros Emerson Filipe Ferraz, Fabíola Vasconcelos de Almeida, Júlia Travassos da Silva, Ronan Lopes Albino
Título Consumo e desempenho de novilhas leiteiras mestiças
Resumo A maior parte do rebanho leiteiro do Brasil é composta por animais mestiços. Todavia, a ausência de dados sobre a exigência nutricional de fêmeas mestiças prejudica a eficiência da bovinocultura leiteira. Desta forma, objetivou-se avaliar o consumo de novilhas mestiças na fase de recria, submetidas a um plano nutricional adaptado à demanda energética para diferentes níveis de desempenho, sem contudo, afetar o desenvolvimento da glândula mamária. Foram utilizadas 22 novilhas mestiças Holandês:Zebu (H:Z), com animais de graus de sangue entre o ½ ao ¾ H:Z. O peso médio (122 ± 22,25 kg, média e desvio padrão) e a idade inicial entre 3 a 4 meses enquadravam as novilhas na fase inicial de recria. O restante das novilhas foram distribuídas de forma igualitária e aleatória em 3 tratamentos: alto ganho (AG) ganho médio diário (GMD) de 1kg/dia, baixo ganho (BG) GMD de 0,5 kg/dia e mantença (MA), onde permaneceram por 84 dias em avaliação. A dieta foi formulada com relação volumoso:concentrado de 60:40, onde utilizou-se a silagem de milho como volumoso e uma mistura de milho, farelo de soja, farelo de soja By Pass, Uréia e minerais para formulação do concentrado. O consumo de matéria seca (CMS) foi controlado diariamente através do recolhimento e pesagem das sobras, sendo adotado um nível máximo de sobra de 5% da matéria natural. O ganho de peso foi obtido pela diferença entre os pesos, inicial e final, de cada animal, onde cada um foi submetido a jejum de sólidos por 16 horas antes das pesagens. Além destas, foram realizadas pesagens a cada 14 dias para acompanhar o desempenho das novilhas e realizar correções no CMS de acordo com o acréscimo de peso. O experimento foi delineado inteiramente ao acaso, considerando o peso inicial como co-variável. Os resultados foram avaliados pelo teste Tukey-Kramer a 5% de probabilidade. Houve diferença no CMS (P < 0,001), AG (4,24 kg/dia), BG (2,55 kg/dia) e MA (1,53 kg/dia), assim como no consumo de matéria seca em relação ao peso corporal (CMSPC) (P < 0,001), AG (3,01%), BG (2,07%) e MA (1,43%). Consequentemente, o GMD entre os tratamentos também foi diferente (P < 0,001) AG (0,90 kg/dia), BG (0,49 kg/dia) e MA (0,10 kg/dia). Para novilhas submetidas ao tratamento AG o CMS obtido foi semelhante ao proposto pelo NRC (2001) (PC = 150 kg, CMS = 4,19 kg/dia). Contudo, quando se procede a mesma comparação com os tratamentos BG e MA observa-se que há uma diferença entre o consumo proposto pelo NRC e os consumos obtidos. Esta diferença nos tratamentos BG e MA é ocasionada pela fórmula usada na equação do NRC (2001) para estimar o CMS que leva em consideração apenas o peso corporal e a energia líquida de mantença (ELm). Animais de mesmo peso, mas submetidos a planos nutricionais para diferentes ganhos, irão apresentar a mesma ELm, mas diferentes exigências de energia líquida de ganho. Portanto, a equação de consumo do NRC (2001) não prediz com precisão o CMS de novilhas mestiças sob diferentes ganhos de peso.
Palavras-chave ganho de peso, exigência nutricional, Holandês:Zebu
Forma de apresentação..... Painel
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