Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 5028

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Genética e melhoramento vegetal
Setor Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Letícia Assis Barony Valadares Fonseca
Orientador MAXIMILLER DAL BIANCO LAMAS COSTA
Outros membros Danyelle Barbosa Mayrink, Luiz Cláudio Costa Silva, NEWTON DENIZ PIOVESAN, Rafael Delmond Bueno
Título Construção e validação de marcadores HRM para a seleção de acessos de soja com baixo teor de ácido linolênico
Resumo A soja (Glycine max (L.) Merrill) é a mais importante leguminosa cultivada no mundo, tendo na safra 2014/2015 produção de 318,6 milhões de toneladas no mundo. Empregado na produção de biodiesel e na alimentação humana e animal, o grão de soja apresenta cerca de 20% de óleo bruto, composto principalmente pelos seguintes ácidos graxos: ácido palmítico (16:0)-13%; ácido esteárico (18:0)-4%; ácido oleico (18:1 Δ9)-18%; ácido linoleico (18:2 Δ9,12)-55% e ácido linolênico (18:3 Δ9,12,15)-10%, sendo que, maiores teores de ácidos poli-insaturados geram redução na estabilidade oxidativa do óleo. Trabalhos anteriores identificaram os genes FAD3B e FAD3C como responsáveis pela síntese das enzimas ω-3-dessaturase, envolvidas na inserção de uma insaturação ao ácido linoleico, convertendo-o a ácido linolênico. Além disso, foram identificadas e caracterizadas mutações nestes genes para o acesso A29, genótipo com apenas 1% de ácido linolênico. O Programa de Melhoramento da Qualidade da Soja BIOAGRO/UFV visa selecionar indivíduos de maior qualidade do óleo, tendo menores teores de ácido linolênico. Posto isso, o presente trabalho teve por objetivo a construção e validação de marcadores HRM para a seleção de acessos com baixo teor de ácido linolênico. A metodologia HRM faz uso de um fluoróforo funcional quando há fita dupla, submetendo o produto de amplificação a um gradiente de temperatura, com medição em tempo real, gerando uma curva de melt. Tendo como base as mutações já caracterizadas na literatura, foram construídos conjuntos de primers a partir do software Primer3 v.0.4.0 seguindo as condições: produto de amplificação entre 60 e 120pb; tamanho do primer entre 20 e 27pb; Tm de anelamento entre 54 e 64°C; conteúdo de GC entre 30 e 70%. Após a construção, os primers foram empregados na padronização das curvas de melt, tendo os indivíduos A29 (mutante), Tucunaré (selvagem) e um indivíduo F1 (heterozigoto) gerado a partir do cruzamento entre estes como padrão. A reação de HRM foi realizada em um aparelho de PCR em tempo real, Rotor Gene-Q (QIAGEN) contendo 30 ng de DNA, 0,7 M de cada primer e 5 L do Type-it HRM PCR Kit 2X (QIAGEN), com volume total de 10 L. A PCR foi realizada nas seguintes condições: 94°C/10’; 40 ciclos iniciados a 94°C/20”, Tm por 30”, e 72°C/30”. Por fim, os produtos de amplificação foram submetidos a um gradiente de temperatura de 60 a 90°C, com aumento de 0,1°C e medição em tempo real a cada aumento, para a determinação das curvas de melt. Os conjuntos de primers desenhados amplificaram um total de 117 pb para o gene FAD3B e 73 pb para o gene FAD3C, sendo todos padronizados a Tm de 54°C. Pode-se concluir que os marcadores HRM utilizados foram eficientes para identificar indivíduos homozigotos, mutante e selvagem, e heterozigotos para a característica em estudo. Os resultados obtidos geram perspectivas para a utilização destes em um programa de retrocruzamento assistido visando a seleção de acessos com menores teores de ácido linolênico.
Palavras-chave Óleo, retrocruzamentos, biodiesel
Forma de apresentação..... Painel
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