Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 5018

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agricultura, agroecologia e meio ambiente
Setor Departamento de Solos
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Maria Eunice Paula de Souza
Orientador IRENE MARIA CARDOSO
Outros membros ANDRE MUNDSTOCK XAVIER DE CARVALHO, IVO JUCKSCH
Título Solubilização de pós de rochas pelo processo da vermicompostagem e sua utilização em sistemas agroecológicos
Resumo A melhoria no manejo dos estercos é necessária para potencializar a ciclagem de nutrientes nos agroecossistemas dos agricultores familiares, o que pode ser feito utilizando a vermicompostagem. O processo da vermicompostagem melhora a qualidade da matéria orgânica e aumenta a disponibilização dos nutrientes presentes nos estercos. Apesar das vantagens da vermicompostagem, esta é pouco utilizada pelos agricultores, por acreditarem que seja uma técnica cara e complexa e por não terem acesso às minhocas. Os teores de nutrientes no vermicomposto podem ser aumentados com a adição de pós de rocha. Entretanto, algumas rochas são ricas em metais pesados, o que poderia inviabilizar o seu uso na agricultura caso os metais pesados não sejam complexados durante o processo de vermicompostagem, tornando-os indisponíveis para as plantas. Os objetivos deste estudo foram avaliar a percepção de agricultores familiares quanto à produção de vermicompostos; avaliar o crescimento do milho cultivado em solo fertilizado com pós de gnaisse e esteatito adicionados durante o processo de vermicompostagem e; avaliar a presença de metais pesados na planta e no solo. Para construir, monitorar e avaliar os minhocários realizou-se oficinas e duas visitas aos agricultores em cada local de construção além de outros meios de comunicação. Realizou-se em casa de vegetação um ensaio agronômico com a cultura do milho, fertilizada com vermicompostos com ou sem pós de rochas (controle), em delineamento inteiramente casualizado, com seis repetições. Após 45 dias realizou-se o corte das plantas, para determinação da biomassa seca e amostras de solos foram coletadas para análise química. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância, sendo as médias seguidas pelo teste de Student-Newman-Keuls a 5 % de probabilidade. Os agricultores relataram que não tiveram dificuldades no manejo do minhocário. Os ataques de formigas e sanguessugas foram os maiores problemas encontrados por algumas famílias. O crescimento da planta foi maior no tratamento enriquecidos com pós de rochas. Em todos os tratamentos, as concentrações de metais presentes no solo pós-cultivo foram baixas. A partir do conhecimento da técnica, o minhocário tem sido utilizado pelos os agricultores e estes tem divulgado a técnica para os seus familiares e vizinhos. O pó de gnaisse vermicompostado possui potencial de uso na agricultura, mas o uso do pó de esteatito requer mais estudos devido à presença de metais pesados.Os autores agradecem aos agricultores/as, pela participação na pesquisa, ao CNPq (Edital MCTI/CT 38/2013) pelo suporte financeiro, à CAPES e à FAPEMIG, pela bolsa de pós-doutorado M.E.P. Souza.
Palavras-chave Minhocas, Minhocário, Rochagem
Forma de apresentação..... Painel
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