Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 5016

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agricultura, agroecologia e meio ambiente
Setor Departamento de Solos
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Michele Tidisco Padovani
Orientador IRENE MARIA CARDOSO
Outros membros ANDRE MUNDSTOCK XAVIER DE CARVALHO, Maria Eunice Paula de Souza
Título Uso de rochagem na Zona da Mata mineira: Sistematização das experiências
Resumo O uso do pó de rocha no cultivo de café na região vertente do Caparaó, Zona da Mata mineira, teve início em 2010. O pó de gnaisse é oriundo de pedreiras da região. O número expressivo de agricultores (as) utilizando o pó de rocha e o crescente número de pesquisas que avaliam a viabilidade técnica e econômica da utilização destes subprodutos motivou a realização da sistematização dessas experiências. O objetivo geral deste trabalho foi sistematizar conhecimentos construídos sobre a prática da rochagem por agricultores familiares. A sistematização da experiência iniciou-se em outubro de 2014 e utilizou-se entrevistas semiestruturadas e visitas às propriedades. Como resultado do uso de pó de gnaisse no café, os agricultores relataram que houve mai vigor, mais brotações, maior enfolhamento e maior tolerância das plantas ao sol, redução da seca dos ponteiros e melhor qualidade da bebida. Em hortaliças, relataram redução na irrigação, crescimento mais rápido e aumento na diversidade de plantas espontâneas. Os resultados das análises de solo indicaram a redução da aplicação de calcário. Em alguns casos a sua aplicação foi dispensada após o uso do pó de gnaisse. A redução do uso dos fertilizantes convencionais foi indicada pela análise de solo, confirmando as mudanças observadas visualmente nas plantas de café. Nos animais proporcionou melhoria no bem-estar animal, animais mais saudáveis, ovos com gemas vermelhas e cascas resistentes. O uso de pó de rocha também promoveu mudanças na rotina familiar e na qualidade de vida. A sistematização das experiências permitiu dar maior visibilidade aos diversos usos de pó de rochas e de outras técnicas pelos agricultores familiares da Zona Mata de Minas Gerais. No entanto, as atividades ainda estão sendo realizadas e os agricultores associam outras práticas ao uso do pó de rocha, por isto, ainda é cedo para afirmar se todas as observações referem-se exclusivamente ao uso do pó de rocha. Porém pode-se concluir que a utilização de pó de rocha na agricultura é mais uma alternativa para reduzir custos de produção, recuperar solos degradados e reduzir a dependência de insumos externos. Os autores agradecem aos agricultores/as, pela receptividade e acolhimento, ao CNPq (Edital MCTI/CT 38/2013) pelo suporte financeiro, à CAPES e à FAPEMIG, pela bolsa de pós-doutorado M.E.P. Souza.
Palavras-chave Pó de rochas, Cafeicultura, Biodiversidade
Forma de apresentação..... Painel
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