Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 5010

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Aspectos biodinâmicos do movimento humano
Setor Departamento de Educação Física
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Isabella Martins Rodrigues
Orientador AMANDA PIAIA SILVATTI
Título Análise cinemática e eletromiográfica do en dehors no salto
Resumo Uma das características mais importantes do ballet clássico é o en dehors, que consiste na rotação externa de quadril. Como a grande maioria os movimentos do ballet são realizados com o quadril em rotação externa, o presente estudo verificou através de análise cinemática e eletromiográfica a influência do en dehors no salto quanto à altura máxima, velocidade máxima, velocidade média e ativação muscular, comparando sauté em 1º posição com o salto contramovimento. Participaram do estudo cinco bailarinas (14,2±1,5 anos) que realizaram cinco saltos contramovimento e cinco sautés. Para a análise cinemática foram posicionadas 13 câmeras ao redor das voluntárias (OptiTrack Prime 17W, 360Hz). Foram fixados nas voluntárias três marcadores retroreflexivos: espinha ilíaca ântero-superior direita e esquerda e entre as espinhas ilíacas postero-superiores para a obtenção do ponto médio da pelve. A partir da coordenada 3D do ponto médio foi calculada a altura máxima, velocidade máxima e velocidade média em ambos os saltos. A atividade elétrica muscular (EMG) foi capturada por sensores de superfície (TrignoTM Wireless EMG, 1926 Hz). Para melhor fixação dos eletrodos e captação do sinal foi feita assepsia e tricotomia da pele. Os sensores foram posicionados de acordo com as recomendações do SENIAM nos músculos tibial anterior, sóleo, reto femoral e bíceps femoral, em ambos os lados. O tempo de duração de cada salto foi utilizado como padronização para o cálculo do RMS do sinal de EMG. Após verificação da normalidade dos dados, foi usado o teste t Student (p<0,05) para comparar as variáveis cinemáticas e ANOVA (p<0,05) para comparar a atividade elétrica muscular da mesma perna entre sujeitos, entre os dois saltos realizados e a interação entre sujeito e salto. Os resultados mostram que a altura máxima foi significativamente maior no salto contramovimento (29,4±0,04cm) do que no sauté (27,3±0,04cm). Velocidade máxima e velocidade média não mostraram resultados significativamente diferentes. Somente o músculo bíceps femoral foi significativamente mais ativado no sauté do que no salto contramovimento em ambos os lados. A interação entre salto e sujeito mostra uma diferença significativa para os músculos bíceps femoral (direito e esquerdo), sóleo (direito) e tibial anterior (esquerdo). Para o bíceps femoral direito houve diferença significativa entre mesmo sujeito e diferentes saltos, sendo que três dos cinco sujeitos apresentam maior ativação no sauté do que no salto contramovimento. Não foi possível encontrar nenhum padrão de ativação muscular entre os sujeitos. Os resultados sugerem que o en dehors influencia o salto, em que o sauté atinge menor altura e maior ativação muscular do bíceps femoral. A partir destes resultados pode ser criado um programa de treinamento físico direcionado ao bailarino para trabalhar o condicionamento físico de forma que os dois saltos atinjam o mesmo nível de desenvolvimento e o bailarino melhore seu desempenho técnico.
Palavras-chave Ballet, Biomecânica, Cinemática
Forma de apresentação..... Oral
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