Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 4995

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Alimentos, nutrição e saúde humana
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa PIBITI/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Amanda Karine da Silva
Orientador RITA DE CASSIA GONCALVES ALFENAS
Outros membros Jorge de Assis Costa, Júnia Maria Geraldo Gomes, Luiza de Paula Dias Moreira
Título Impacto da ingestão de bebidas enriquecidas com cálcio nos parâmetros relacionados à resistência insulínica em pacientes diabéticos tipo 2 com excesso de peso
Resumo Introdução: O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. A adoção de um estilo de vida saudável, com escolhas alimentares adequadas, pode ser efetiva no controle desta doença. Sugere-se que o cálcio possa favorecer o controle glicêmico, atuando no tratamento do DM2. Entretanto, ainda não há consenso entre os estudos. Objetivo: Avaliar se a ingestão de bebidas enriquecidas com cálcio têm impacto nos parâmetros relacionados à resistência insulínica e no controle glicêmico em pacientes diabéticos tipo 2 com excesso de peso. Metodologia: Trata-se de um estudo clínico de intervenção prospectivo, simples cego, em delineamento inteiramente casualizado, com 12 semanas de duração, no qual foram selecionados 36 indivíduos diabéticos tipo 2 com excesso de peso. Os voluntários foram aleatoriamente alocados em um dos grupos experimentais: Controle (CONT) (n=18) e Laticínios (LAT) (n=18). Foram prescritas dietas hipocalóricas (-500 kcal/dia), contendo 800 mg de cálcio de fontes dietéticas/dia. Diariamente foram ingeridas bebidas contendo o menor conteúdo possível de cálcio (CONT) ou 700mg de cálcio de origem láctea (LAT). Assim, o grupo LAT recebeu 1500 mg/dia de cálcio/dia e o CONT, 800 mg/dia. A composição nutricional das bebidas foi baseada nas informações nutricionais contidas nos rótulos dos alimentos e em laudos técnicos enviados pelos fornecedores. O índice de massa corporal (IMC), as concentrações séricas de glicose, insulina e triglicerídeos de jejum, frutosamina e hemoglobina glicada (HbA1c) foram avaliados no início e ao final do estudo. Os índices HOMA-IR (homeostatic model assessment of insulin resistance), HOMA2-IR e TyG (índice que relaciona a taxa de glicerídeos e a glicemia) foram calculados a partir dessas variáveis. Para as análises estatísticas foi adotado p < 0,05 como nível de significância. Resultados: A média de idade no grupo LAT foi 48,9 + 9,6 anos e no grupo CONT 48,4 anos + 8,3 anos. As 12 bebidas elaboradas (6 LAT e 6 CONT) tiveram composição nutricional semelhante, com exceção ao conteúdo de cálcio. Observou-se redução nas concentrações de HbA1c em ambos grupos (P=0,007 para LAT e CONT) e redução da glicemia de jejum no grupo CONT (P=0,05) ao final das 12 semanas do estudo. Os demais parâmetros bioquímicos permaneceram inalterados durante o estudo Conclusão: A intervenção dietética foi efetiva no controle glicêmico de pacientes diabéticos, independente do conteúdo de cálcio da dieta. A redução da HbA1c é importante, pois esta reflete o controle glicêmico a longo prazo e tem associação com risco de complicações do DM2. Entretanto, a média da HbA1c observada ao final do estudo ainda se encontra na faixa de risco, evidenciando a necessidade da intervenção nutricional por um período maior. Seria interessante testar ainda o efeito dessas bebidas em outros parâmetros que interferem no perfil metabólico (como pressão arterial, estresse oxidativo e inflamação).
Palavras-chave cálcio, glicemia, HOMA
Forma de apresentação..... Painel
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