Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 4994

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Doenças, reprodução e comportamento animal
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Jéssica Aparecida Guimarães
Orientador ERNANI PAULINO DO LAGO
Outros membros ARTUR KANADANI CAMPOS, Gabriel Barbosa de Melo Neto, Pollyanna Cordeiro Souto
Título Otite parasitária causada por nematóides Rhabditiformes em uma vaca Gir - relato de caso
Resumo A otite parasitária em bovinos pode ser causada por ácaros ou nematóides, estes últimos assumem considerável importância em rebanhos de gado Gir. A conformação do conduto auditivo dessa raça, sendo tubular, alongado e pendente, proporciona um ambiente altamente favorável à instalação, desenvolvimento e reprodução desses parasitas rhabditiformes. Se não diagnosticada e tratada precocemente a otite parasitária pode evoluir para uma síndrome vestibular, e também causar lesões em nervo facial. A otite parasitária pode gerar muitos gastos aos criadores, com o uso de medicamentos, manejo e queda na produção de leite. Este trabalho tem por objetivo relatar um caso de otite parasitária causada por nematóides do gênero Rhabditis sp. No dia 04/05/2015 foi atendida no hospital veterinário de grandes animais da Universidade Federal de Viçosa, um bovino da raça Gir, nove anos, fêmea, com histórico de lateralização da cabeça há dez dias, sialorréia, hiporexia e emagrecimento progressivo. No exame físico foram evidenciadas ptose palpebral e labial do lado direito da face, síndrome vestibular, com desvio lateral da cabeça. No pavilhão auricular havia acúmulo de cerúmen com coloração amarelada, onde a olho nu se observava o movimento dos parasitas nematóides. O animal já apresentava uma otite severa, com sinais neurológicos e síndrome vestibular. Então teve início o tratamento com limpeza do conduto com solução de amônia quaternária na proporção de 1:1000, e posterior pulverização do conduto, com produto a base de cipermetrina em pó,com auxílio de uma polvilhadeira. Um antiinflamatório esteroidal foi instituído na tentativa de reversão dos sinais neurológicos, também optou-se pela administração de doramectina sistêmica. O animal retornou à propriedade depois de um dia, com a prescrição do tratamento tópico com cipermetrina, antecedido pela limpeza do conduto semanalmente, por três semanas consecutivas e antiinflamatório não esteroidal por quatro dias. Após cerca de 50 dias em uma visita à propriedade, o animal tratado foi observado com remissão total da sintomatologia nervosa e vestibular. Vários tipos de tratamentos são instituídos para essa afecção, porém sempre há recidivas e nem sempre um bom resultado, o uso do thiabendazol tem gerado ótimos resultados, no entanto encontrá-lo no mercado tem sido um desafio.
Palavras-chave Rhabdittis sp, parasitas, bovino
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,64 segundos.