Resumo |
Os recipientes os quais as mudas são produzidas no viveiro, refletem na maioria das vezes influências significativas no desenvolvimento da planta no campo. Nesse sentido, objetivou-se com o estudo avaliar o desenvolvimento de 5 espécies de mudas nativas da mata atlântica oriundas de dois tipos de recipientes. O experimento foi instalado no Espaço aberto da Universidade Federal de Viçosa. Foi utilizado um delineamento em blocos casualizados, os quais foram constituídos um primeiro bloco, com mudas advindas de tubetes e um segundo bloco com mudas advindas de sacolas plásticas. Cada bloco é constituído por 18 espécies diferentes, espaçamento de 2 x 2 metros e 17 repetições. No presente trabalho, avaliou-se 5 espécies, pelo fato, das mesmas se repetirem tanto em um bloco quanto no outro, permitindo, assim, a comparação do desenvolvimento das mudas oriundas de tubetes e sacolas. Os tubetes possuíam dimensões de 280 cm³ e as sacolas aproximadamente 560 cm³. As espéceis avaliadas foram: Anadenanthera peregrina, Peltophorumdubium, Hymenaea courbaril, Chorisia speciosa , Citharexy lummyrianthum. O plantio foi implantado em Dezembro de 2014, e aos 7 meses foram coletados dados de diâmetros e altura das plantas, possibilitando assim a análise de incrementos periódicos médios para as variáveis mencionadas. Foi utilizado o software Statistic 7.0, para análises dos dados. Pode-se concluir pelo teste de Tukey a 95 % de probabilidade, que há diferenças significativas no incremento periódico médio para diâmetro entre os recipientes utilizados, sendo que para espécies produzidas em sacolas e tubetes esses valores foram de respectivamente: 6,82 mm e 3,32 mm.No entanto, para o incremento periódico médio em altura o teste identificou que para ambos recipientes o incremento foi igual, sendo que para as espécies produzidas em sacolas e tubetes esses valores foram de: 3,02 cm e 3,09 cm. Não houve efeito significativo dos blocos na análise. Em termos gerais, a espécie que obteve o maior incremento periódico médio em diâmetro e altura foi a Peltophorum dubium com 12,46 mm e 32,55 cm, respectivamente. Hymenaea courbaril foi a espécie que teve o menor incremento periódico médio em diâmetro (3,52 mm). A exceção do Peltophorum dubium, as demais espécies não tiveram diferenças entre os incrementos periódico médio em altura para as demais espécies. Conclui-se, que para o experimento analisado até o momento o recipiente influenciou de maneira significativa o desenvolvimento inicial das mudas em diâmetro. Já em altura, não teve efeito significativo do recipiente. A espécie que teve os maiores incrementos foi Peltophorum dubium, podendo tal espécie, ser uma das espécies a ser recomendada para recuperação inicial de áreas degradadas na região do estudo. |