Resumo |
O PIBID Pedagogia UFV é um programa institucional de Bolsa de Iniciação à Docência em parceria com escolas públicas do município de Viçosa e, uma das subáreas está voltada para a Educação Especial na perspectiva inclusiva atuando com deficientes intelectuais. A Deficiência Intelectual, condição caracterizada por limitações significativas no funcionamento cognitivo e no comportamento adaptativo repercutindo nas habilidades práticas, sociais e conceituais, originando-se antes dos dezoito anos de idade. A ação foi desenvolvida pelas bolsistas por um semestre, duas vezes por semana em jornada letiva integral realizada em uma observação participante durante as atividades acadêmicas com os alunos inseridos em turma comum. O foco voltou-se para notar o interesse e participação nas atividades propostas em sala de aula e eleger estratégias de envolvimento desses alunos. Os registros das observações foram descritivos em forma de relatório e realizados pós–evento. Os alunos frequentam a mesma escola da rede municipal e estão no ensino fundamental. Os alunos eram de dois 4º anos, A e B e um 2º ano. Um dos alunos com idade de 15 anos, menina (A); duas com idade de 13 e 10 anos, meninas (B) e dois meninos com idades de 8 e 9 anos (C). O trabalho com a aluna do A iniciou com o desenvolvimento da linguagem oral e escrita, coordenação motora e reconhecimento dos números naturais. A aluna de 10 anos (B) apresentou dificuldades na leitura e escrita de textos, na socialização e em realizar somas com resultado superior ao numero vinte. A aluna de 13 anos (B), não se comunicava oralmente, tinha a coordenação motora comprometida e dificuldades de concentração. Quanto aos meninos, o de 8 anos apresentava dificuldades de concentração. O aluno de 9 anos apresentou coordenação motora pouco desenvolvida. Ambos tinham dificuldade de socialização durante as atividades em grupo. Como estratégia foi utilizada com a aluna do A, o uso do alfabeto móvel para formação de palavras e construção de frases, reconto de histórias como objetivo de desenvolvimento da linguagem oral, jogos matemáticos, uso de material concreto nas atividades de matemática e atividades de recorte para desenvolvimento da coordenação motora. Para a aluna de 10 anos (B) fez-se necessário a leitura dos enunciados das atividades pela bolsista que a acompanhava e a indicação de livros de seu interesse para a leitura em casa. Foram realizadas mais atividades em grupo para ampliar a socialização e uso de fichas com números para a matemática. Com a aluna de 13 anos foi realizado incentivo à fala, uso de massa de modelar e atividades de recorte para desenvolvimento da coordenação motora. Estas estratégias ajudaram na aprendizagem dos alunos com deficiência intelectual, indicando a possibilidade de avanços acadêmicos em turmas de ensino comum e, a importância da formação docente voltada para a inclusão aliada a vivências desta prática nas escolas. |