Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 4966

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Clínica e Cirurgia Animal
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Stéfany Dias Teixeira
Orientador PAULO RENATO DOS SANTOS COSTA
Outros membros Gabriella Gomes Pacheco, Idelvânia dos Anjos Nonato, Juliana Santana Valente Baeta
Título Influência da suplementação de ferro e vitaminas hematopoiéticas no tempo de recuperação do hematócrito em cães após doação de sangue
Resumo A transfusão sanguínea também chamada de hemoterapia é uma forma de transplante autólogo, no qual o sangue é transferido de um doador para um receptor, visando corrigir temporariamente uma deficiência ou disfunção. Frente a escassez de doadores de sangue disponíveis para se manter um banco de sangue que atenda a rotina de um Hospital Veterinário, faz-se necessário padronizar o intervalo de tempo de doação, otimizando o reduzido número de doadores. O objetivo deste trabalho consistiu em avaliar a diferença de recuperação entre cães suplementados com ferro e vitaminas, dos cães que não receberam suplementos após a doação. Foram utilizados 10 cães adultos, com peso médio entre 25 e 30 kg, hígidos, divididos em dois grupos, sendo G1 o grupo dos cães que não receberam suplementação de vitaminas e minerais, além das contidas na alimentação e o G2 o grupo onde os cães receberam, além da alimentação padrão, a adição de suplemento à base de ácido fólico, ácido nicotínico, cobalto, cobre, ferro quelado, pantotenato de cálcio (B5), tiamina (B1), riboflavina (B2), piridoxina (B6), vitamina C, vitamina K3, cianocobalamina (B12) e zinco. Todos os animais foram provenientes do grupo de cães doadores de sangue do Hospital Veterinário da UFV. Foram feitas três coletas de 16 ml/kg de sangue de cada animal em intervalos de 15 dias entre as coletas. O hematócrito de cada animal foi mensurado antes de cada doação (T0) e logo após cada doação (T1), e na rotina até que o hematócrito voltasse ao valor inicial. Observou-se uma redução significativa de até 2% do hematócrito de T0 para T1, no entanto a redução máxima só pode ser observada após 24 horas. Isso pode ser explicado pela ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona, uma vez que esse complexo enzimático leva a uma vasoconstrição e diminui a excreção de sal e água pelos rins, elevando o volume de liquido extravascular, causando uma hemodiluição e redução do hematócrito. O G1 iniciou a recuperação do hematócrito no quarto dia, na primeira e na segunda doação, no entanto na terceira iniciou a recuperação somente no quinto dia. Já o G2 iniciou a recuperação no quarto dia após primeira coleta, no entanto na segunda e terceira doação a recuperação iniciou no terceiro dia. O G1 recuperou o hematócrito após 10 dias da doação, enquanto o G2 recuperou o volume inicial em apenas 7 dias. Justifica-se esse resultado pelo aumento da quantidade de ferro oferecida o que pode elevar em 10 vezes a produção eritrocitária quando comparada ao normal, além disso, o acréscimo de vitaminas do complexo B (B12 e B9) participam na maturação e produção dos eritrócitos, o que podem ter auxiliado nessa aceleração na produção. Conclui-se que a suplementação oferece um suporte nutricional aos cães doadores de sangue, auxiliando a restauração da hemostasia.
Palavras-chave hemoterapia, cão, reticulócito
Forma de apresentação..... Painel
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