Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 4955

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Saneamento e Resíduos
Setor Departamento de Engenharia Agrícola
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Felipe Barbosa Carvalho
Orientador ALISSON CARRARO BORGES
Outros membros Fabiana Campos Resende, Rafael Carvalho Vani, Tamara Daiane de Souza
Título Tratamento de esgoto doméstico pela fossa evapotranspiradora cultivada com capim vetiver e bananeira
Resumo A fossa evapotranspiradora é uma alternativa sustentável e de baixo custo para o tratamento de esgoto doméstico. Constitui-se em uma estrutura simples e de fácil operação, onde o esgoto é tratado por um sistema alagado com plantação no qual supostamente, todo efluente de entrada é evapotranspirado, os resíduos são paulatinamente digeridos e os nutrientes absorvidos pelas plantas. Neste trabalho utilizou-se o capim vetiver (Chrysopogon zizanioides) e bananeira nanica (Musa cavendishii), devido suas características ideais ao sistema de tratamento. O capim é de fácil adaptação, possui um profundo sistema radicular e tem uma alta eficiência na remoção dos nutrientes. A bananeira tem alta capacidade de evapotranspiração devido a sua grande área foliar. O objetivo principal do trabalho foi avaliar o sistema de fossa evapotranspiradora cultivada com capim vetiver e bananeira com relação ao atendimento das necessidades para uso doméstico. Para construção da fossa, utilizou-se um reservatório como tanque de tratamento, preenchimento por argila expandida, tendo no centro um tanque tipo “bombona” para retenção dos sólidos grosseiros. Aplicou-se 300 L de esgoto doméstico em bateladas diárias, sendo 150 L no início da manhã e 150 L no fim da tarde. O esgoto aplicado era proveniente do Condomínio Residencial Bosque Acamari em Viçosa, MG. O processo de tratamento do efluente iniciava-se em uma bombona de sedimentação localizada no centro da fossa e escoava por orifícios laterais, em contato com a argila expandida, o capim vetiver e as bananeiras. Observou-se bom desenvolvimento do capim vetiver e bananeira por meio da absorção de nutrientes contidos no sistema, uma vez que não foi aplicado nutrientes minerais. Constatou-se que não houve evapotranspiração total do esgoto e, portanto, avaliou-se a água de entrada e saída do sistema por um período de 6 meses. Em laboratório, foram realizadas análises de Condutividade Elétrica (CE), Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), Nitrogênio Amoniacal e pH. De acordo com os resultados obtidos nas análises do esgoto bruto em relação ao esgoto após passagem no sistema, observou-se uma eficiência satisfatória no desempenho do mesmo. A fossa proporcionou redução media de 72,8% da matéria orgânica, aferida pela DBO e 22,77% de decaimento do nitrogênio amoniacal, sendo o mesmo possivelmente adsorvido no biofilme e utilizado pelas espécies vegetais. O sistema mostrou-se estável com relação ao pH, sendo as medias de entrada e saída de 6,2±0,3 e 6,4±0,2, respectivamente. Os resultados indicaram que, considerando a simplicidade do sistema implantado, a fossa evapotranspiradora, apesar de não evapotranspirar todo afluente, é promissora no tratamento de águas residuárias domésticas, principalmente no meio rural, pois possui desempenho satisfatório na redução da carga poluidora.
Palavras-chave bacia de evapotranspiração, tratamento de efluentes, fossa
Forma de apresentação..... Painel
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