Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 4931

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Alimentos, nutrição e saúde humana
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Luciana Martins Canossa da Costa
Orientador MARIA DO CARMO GOUVEIA PELUZIO
Outros membros Flávia Xavier Valente, Mariana de Moura e Dias, Sandra Aparecida dos Reis, Tatiana Fiche Marques da Costa
Título Composição de ácidos graxos de eritrócitos de indivíduos eutróficos e com excesso de peso
Resumo A quantidade e a qualidade da gordura consumida na dieta podem modular doenças crônicas como a obesidade. A quantificação do perfil lipídico eritrocitário permite avaliar o consumo alimentar em médio prazo, possibilitando o uso do eritrócito como um marcador biológico. Além disso, a obesidade e a ingestão energética aumentadas exercem efeitos prejudiciais à saúde, estando relacionadas à capacidade de induzir o estresse oxidativo. O objetivo desse estudo foi avaliar o perfil lipídico eritrocitário em mulheres e homens eutróficos e obesos, além do estresse oxidativo em homens eutróficos e obesos. Foi realizado um estudo transversal com 118 indivíduos, 84 homens e 34 mulheres, eutróficos (IMC 22,3±1,6 e %GC 18,7±4,6) e obesos (IMC 31,1±3,6 e %GC 28,6±5,7) com média de idade 27,7 ± 7,4 anos. A coleta de sangue foi realizada após 12 horas de jejum. Os lipídios totais nos eritrócitos foram extraídos, saponificados e esterificados. A identificação dos ácidos graxos foi realizada por cromatografia gasosa e os resultados expressos em percentual. Foi selecionada uma sub-amostra com 42 homens, sendo 21 eutróficos e 21 obesos, pareados de acordo com a idade, para a quantificação das enzimas envolvidas no processo de estresse oxidativo, catalase e superóxido dismutase. Quanto às análises dos eritrócitos, os obesos apresentaram maiores concentrações de ácidos graxos saturados (56,2±15,5%) em relação aos eutróficos (48,1±10,8%) (P=0,002), maiores concentrações de ácidos graxos monoinsaturados totais (18,9±17,3%) em relação aos eutróficos (8,9±7,0%) (P=0,007), além de maiores concentrações do ácido graxo monoinsaturado linoelaídico (C18:2t) (10,4±4,9%) em relação aos eutróficos (7,1±6,9%) (P=0,029). Porém, para poli-insaturados ômega 6 totais, os obesos apresentaram menores concentrações (9,1±4,4%) do que os eutróficos (19,7±6,9%) (P=0,015), como também para o ácido graxo alfa linolênico (C18:3 ômega 3), obesos apresentaram menores concentrações (0,5±0,2%) em comparação aos eutróficos (1,1±0,3%) (P=0,041). A atividade da enzima catalase no plasma não diferiu entre o grupo dos homens obesos (0,21 ±1,14) quando comparado ao grupo dos homens eutróficos (0,4 ± 0,3) (P=0,08). A atividade da enzima superóxido dismutase no plasma também não diferiu entre o grupo dos homens obesos (2,174± 0,483) quando comparado ao grupo dos homens eutróficos (2,9 ± 0,5) (P=0,87). Observa-se que os indivíduos obesos apresentaram um perfil de ácidos graxos desfavorável, com maior percentual de ácidos graxos saturados e monoinsaturados e menor percentual de ácidos graxos poli-insaturados, o que sugere uma ingestão alimentar inadequada.
Palavras-chave perfil lipídico, estresse oxidativo, obesidade
Forma de apresentação..... Painel
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