Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 4919

ISSN 2237-9045
Instituição Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Saúde publica e ambiente
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Giovane de Lelis Cupertino
Orientador MARA RUBIA MACIEL CARDOSO
Outros membros Franciane Silva Luiz, Karine Afonso Viana, PEDRO PAULO DO PRADO JUNIOR, SYLVIA DO CARMO CASTRO FRANCESCHINI
Título Relatos maternos do desmame precoce de crianças no sexto mês de vida no município de Viçosa-MG
Resumo INTRODUÇÃO: Nos primeiros seis meses de vida, o aleitamento materno (AM) é capaz de atender às necessidades biológicas do crescimento e desenvolvimento do lactente, sendo considerado alimento fundamental na prevenção da desnutrição, infecções e morte infantil1. Na prática observa-se uma série de fatores fisiológicos, psicológicos ou sociais contribuem para o desmame precoce. OBJETIVO: Avaliar os motivos do desmame precoce de crianças no sexto mês de vida no município de Viçosa-MG. METODOLOGIA: Pesquisa quantitativa, integrante de um estudo intitulado: “Condições de saúde e nutrição de crianças no primeiro ano de vida do município de Viçosa: um estudo de coorte”. Avaliou-se 153 mães e crianças nascidas no município de Viçosa no período 2011 a 2012. Os dados foram organizados em planilha do Excel e analisado no programa SPSS. RESULTADOS: A amostra foi composta por 18(11,8%) adolescentes e 135(88,2%) adultas. Predominou-se a cesariana 113(73,9%). Observou-se menos de 5 anos de estudo em 18(11,8%) mulheres, 6 a 9 anos em 53(34,6%), 10 a 12 em 57(37,3%) e mais de 12 em 23(15%). A idade gestacional variou de 37 a 41 semanas. Quanto ao pré-natal 5(3,3%) mulheres realizou menos de 3 consultas, 38(24,8%) 4 a 6, 102(66,7%) acima de 7 e 8 não tinham registro. A renda familiar variou de 166,00 a 11196,00 reais. No primeiro mês 142 mães amamentavam, sendo 60(42,3%) em aleitamento exclusivo (AE), tendo como motivos do desmame: internação do recém-nascido, não ter leite, cirurgia de redução da mama e o fato de pintar o cabelo. No segundo mês 121 mães amamentavam, sendo 61(50,4%) em AE, os motivos do desmame foram: pouco leite; leite secar, rachadura no peito, bebê não pegar o peito. No quarto mês, 90 mães amamentavam e 34(37,8%) em AE; foram motivos do desmame: leite secar, rachadura no peito, bebê não pegar o peito; mãe voltar a trabalhar, dar mamadeira e a criança largar o peito e mastite. No sexto mês 75 mães amamentaram e apenas 05(6,7%) em AE, os motivos do desmame foram os mesmos do quarto mês. Mitos e crenças são possíveis causas que justificam o desmame precoce. Essas representações podem justificar a introdução precoce de outros alimentos e oferta de chupeta e mamadeira. A complementação pode surgir devido à preocupação da mãe com seu filho, pois a insegurança em relação à qualidade do seu leite somada às vezes pelo choro frequente da criança e a inexperiência da mulher, faz com que ela busque outros meios para reforçar a alimentação do bebê ou que interrompa o AM2. CONCLUSÃO: Pode-se observar uma influência direta das questões socioeconômicas em relação ao AM. Os fatores que influenciam a prática de AM são os mitos e crenças e as condições financeiras desfavorecidas que tendem a interromper a amamentação para retorno ao trabalho. Portanto, é importante que os profissionais de saúde conheçam e compreendam a dinâmica cultural em que essas mães estão inseridas, para planejar orientações de modo a contribuir para prolongar o AM exclusivo.
Palavras-chave Aleitamento materno, desmame, criança
Forma de apresentação..... Painel
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