Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 4912

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Alimentos, nutrição e saúde humana
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Karla Pereira Balbino
Orientador SONIA MACHADO ROCHA RIBEIRO
Outros membros ANA VLADIA BANDEIRA MOREIRA, Andreza de Paula Santos Epifanio, Mônica de Paula Jorge, Priscila Vaz de Melo Ribeiro
Título Ingestão energética e sua relação com categorias do estado nutricional de pacientes em hemodiálise
Resumo Desnutrição e baixa ingestão energética são frequentemente encontradas em pacientes com Doença Renal Crônica (DRC) em hemodiálise (HD) e estão relacionados à pior qualidade de vida e aumento da morbimortalidade nestes pacientes. O objetivo do presente estudo foi investigar a relação entre o consumo energético e as categorias do estado nutricional pelo Índice de Massa Corporal (IMC) de pacientes renais crônicos em HD. Tratou-se de um estudo transversal, realizado com 86 pacientes em HD, atendidos em um serviço de Nefrologia no município de Viçosa-MG. O IMC foi obtido por Bioimpedância elétrica tetrapolar, considerando o “peso seco” (após sessão de HD). O consumo energético foi avaliado por meio de recordatório alimentar de 24 horas, realizados em três dias, sendo um dia de HD, um dia sem HD e um dia de final de semana. Os dados do consumo alimentar foram analisados pelo software DietPro (versão 5i). Para as análises estatísticas foram calculadas medidas de frequência e o teste H de Kruskal-Wallis, para comparação das médias entre os grupos. Os dados foram analisados no software SPSS versão 20.0, adotando-se o nível de significância α <5%. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa. A idade média dos participantes foi de 62 anos (DP: 14), predominando o sexo masculino (65,1%). Segundo a categorização do estado nutricional pelo IMC, 9,3% dos pacientes apresentavam baixo peso, 59,3% eutrofia, 26,7% sobrepeso e 4,7% obesidade. A mediana da ingestão energética (em kcal) juntamente com os valores mínimo e máximo, para os grupos do estado nutricional anteriormente citados foram 1113,22 (798,84-2483,89); 1357,46 (793,90-2585,65); 1309,40 (649,87-3127,63) e 1285,38 (639,80-1650,72) respectivamente. Não houve diferença significativa (p> 0,05) da ingestão energética entre os grupos de pacientes com as diferentes categorias do estado nutricional, classificado pelo IMC. Os pacientes obesos apresentaram menor ingestão energética que os demais, o que pode ser atribuído à subestimativa, pelo fato já descrito na literatura de indivíduos obesos comumente subestimarem sua ingestão alimentar. Em conclusão, sabe-se que o IMC isoladamente não é um bom parâmetro para classificação do estado nutricional de pacientes com DRC em HD. Ainda, os recordatórios alimentares possuem algumas limitações, mesmo quando realizados com rigidez metodológica, sendo muito úteis na prática clínica para atendimento individualizado do paciente, porém para aplicação em pesquisa que objetiva análise de uma amostra de pacientes, há necessidade de uma interpretação cautelosa dos resultados.
Palavras-chave doença renal crônica, ingestão energética, índice de massa corporal
Forma de apresentação..... Painel
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