Outros membros |
Arthur Mayrink Elizeu, Camila Folly Baptista, JOAO MARCOS DE ARAUJO, JOSE LINO NETO, LUCIO ANTONIO DE OLIVEIRA CAMPOS, Paula Netto Silva, Riudo de Paiva Ferreira, WEYDER CRISTIANO SANTANA |
Resumo |
As abelhas sem ferrão são extremamente importantes para o ecossistema, pois são responsáveis pela polinização de 30-90% das plantas brasileiras. Além disso, como possuem o ferrão atrofiado e, portanto, não picam, esses insetos podem ser utilizadas como modelo biológico em aulas de Ciências e Biologia, tornando-se uma forma bastante interessante no aprendizado de conceitos básicos. Neste contexto, o presente trabalho descreve três “oficinas” desenvolvidas com alunos do Ensino Fundamental, em três escolas públicas de Viçosa/Minas Gerais, no âmbito do projeto “Abelhas sem ferrão: educação para conservação”. Os objetivos dessas oficinas foram divulgar a existência e a importância das abelhas sem ferrão para o ambiente e, consequentemente, a necessidade de preservação desse grupo. Os temas abordados nas oficinas foram: 1) Reconhecimento do grupo de abelhas dentre outros insetos da ordem Hymenoptera, por meio de caracteres morfo anatômicos e utilização da nomenclatura taxonômica; 2) Estrutura social das abelhas sem ferrão por meio do conhecimento do mecanismo de diferenciação das castas, divisão de trabalho nos ninhos e mecanismos de defesa e 3) Polinização e a relação intrínseca que há entre abelhas e determinados grupos de Angiospermas. As oficinas foram desenvolvidas nas próprias escolas, de forma prática e interativa. Na primeira oficina, os alunos puderam interagir com diferentes tipos de insetos fixados, buscando identificar características para separar/agrupar diferentes grupos. Posteriormente, puderam analisar o corpo das abelhas em detalhes (utilizando lupas), a fim de identificar as três partes principais. Já na segunda oficina, os alunos interagiram com rainhas, operárias e machos, a fim de perceber as diferenças morfológicas existentes entre os organismos. Eles também foram incentivados a relacionar as diferenças detectadas com as tarefas desempenhas pelos diferentes grupos e visualizaram a organização do ninho de algumas espécies e as diferenças entre células de cria e células reais. Na oficina sobre “polinização”, os alunos assistiram vídeos curtos que evidenciavam o processo de polinização e dissecaram flores de Hibuscus, identificando suas partes e respectivas funções. Ao final das oficinas os alunos foram capazes de localizar e explicar as principais funções de cada segmento do corpo das abelhas; reconhecer as diferenças anatômicas e as castas, descrever a organização interna da colmeia, identificando favos de cria e potes de alimento, a rainha e as operárias, além de explicar a importância dos agentes polinizadores na qualidade e quantidade de frutos produzidos. As oficinas, portanto, contribuíram para ampliar o conhecimento dos alunos sobre esse importante grupo de polinizadores, bem como sobre a necessidade de se preservá-los, o que ressalta a importância de se empregar atividades diferenciadas em sala de aula. Espera-se que esses alunos possam atuar como verdadeiros multiplicadores dessas informações na comunidade em que vivem. |