Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 4896

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Envelhecimento e qualidade de vida
Setor Departamento de Economia Doméstica
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Primeiro autor Sabrina Domiciano de Faria
Orientador RITA DE CASSIA PEREIRA FARIAS
Outros membros Alessandra Vieira de Almeida, Emília Pio da Silva, SIMONE CALDAS TAVARES MAFRA, Solange Kanso
Título O processo de feminização da velhice no município de Viçosa, MG: características, relações e risco social
Resumo Entre as discussões realizadas acerca do envelhecimento populacional, destaca-se o processo de feminização da velhice, caracterizado pelo aumento do número de mulheres entre a população idosa. Porém, vale ressaltar que com o avançar da idade, as mulheres idosas estão mais propensas a enfrentar situações que podem levá-las a um potencial risco social, associado à educação, saúde, trabalho, cuidado, renda e lazer que pode implicar na qualidade de vida das mesmas. O objetivo deste estudo foi analisar o fenômeno da feminização da velhice no município de Viçosa, MG, considerando o perfil e papel da idosa no arranjo familiar, a relação de cuidado/cuidar e a susceptibilidade ao risco social. A pesquisa foi realizada com 40 idosas participantes do Clube da Vovó, programa de natureza filantrópica e social.Tratou-se de um estudo exploratório-descritivo, com abordagem qualitativa e quantitativa, tendo como estratégia de pesquisa o estudo de caso.Os resultados revelaram um número significativo de idosas octogenárias e viúvas, assim como a baixa renda e a baixa escolaridade. A aposentadoria e a pensão foram os benefícios mais recorrentes. Para as idosas a renda pode ser considerada como um fator de autonomia e independência, apesar de destiná-la, em muitos casos, para as despesas domésticas, o que permite que as idosas assumam o papel de provedora ou chefe de família. Porém, o estudo revelou que ser chefe de família estava relacionado com as responsabilidades que as idosas tinham sobre a família, o lugar que ocupavam na vida dos filhos, sobretudo, quando eram consultadas. Vale ressaltar que a baixa renda e a dependência financeira pode expor as idosas ao risco social, pois é nessa fase da vida que dependem de maior cuidado e tratamento de saúde adequado, associados, na maioria das vezes, com gasto financeiro. As idosas avaliaram a velhice e a viuvez como uma fase boa ou ruim, o que dependia de diversos fatores externos e internos. O estado de saúde foi majoritariamente avaliado como bom, mesmo com a presença de problemas de saúde. No que se trata da rede de apoio das idosas, a família, os amigos, os vizinhos e os grupos de convivência foram considerados importantes para a qualidade de vida das mesmas. Notou-se também, que a mulher idosa era um importante elo para as redes de apoio às quais fazia parte. As idosas ofertavam cuidados aos netos, filhos, maridos e outros familiares. Quanto à oferta de cuidado para a idosa, verificou-se uma possível ausência de cuidadores, sendo considerado fator de risco social, uma vez que, nessa etapa da vida, estas mulheres necessitam de maior atenção e cuidado. Diante desta realidade, cabe à família, assim como o ao estado e à sociedade civil buscar soluções e alternativas que atendam às demandas desta parcela da população, promovendo a ampliação e/ou a efetivação de políticas públicas, projetos e ações, visando o bem-estar e qualidade de vida das mulheres idosa.
Palavras-chave Envelhecimento, Mulher idosa, Risco social.
Forma de apresentação..... Painel
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