Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 4895

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Ciência dos materiais
Setor Departamento de Engenharia Civil
Bolsa PIBITI/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Reinaldo Luiz dos Santos
Orientador RITA DE CASSIA SILVA SANT ANA ALVARENGA
Outros membros ANOR FIORINI DE CARVALHO, Fernando de Paula Cardoso, MAURICIO PAULO FERREIRA FONTES
Título Permeabilidade ao vapor de água de tintas produzidas com pigmentos extraídos de solos
Resumo O uso de pigmentos retirados de solos para confecção de tintas acompanha o desenvolvimento da humanidade há séculos. Nos primórdios de sua utilização, a arte de transformar o solo em tinta permitia que se agregasse valor às construções de quem detinha o conhecimento sobre este processo. No Brasil, uma técnica antiga desenvolvida para pintar casas é chamada de barreado, que consiste na pintura das paredes utilizando pano com material lamacento. Apesar de simples, a qualidade da pintura é baixa, sendo necessária manutenção frequente. Patologias em revestimentos são comuns em edificações, inclusive naquelas que utilizam produtos industrializados. Um dos fatores responsáveis pelo aparecimento desses problemas é a porosidade da película de tinta. Películas com baixa porosidade impedem as trocas de umidade entre as paredes e o meio externo, resultando em acúmulos de umidade. Portanto, desenvolver formulações de tintas que produzam películas porosas/permeáveis é de grande importância, principalmente para regiões úmidas, como a Zona da Mata mineira. Assim, a fim de contribuir para a melhora da técnica do barreado, analisou-se a porosidade de tintas produzidas com solos característicos da cidade de Viçosa – MG. Para isso, foram produzidas três séries de amostras, cada qual com um tipo de pigmento, utilizando a água como solvente e o PVA e o “PVOH” como resinas. O desempenho das misturas foi avaliado quanto aos poderes de cobertura seco e úmido e à resistência à abrasão, de acordo com os limites mínimos estabelecidos para tintas látex da categoria econômica, determinados pela ABNT. A viscosidade e o pH das misturas também foram avaliados e relacionados ao seu desempenho. Com base nos resultados obtidos, foram selecionadas as três melhores formulações para cada pigmento, que foram submetidas ao teste de porosidade, com vistas a avaliar a influência dos componentes da tinta sobre esse parâmetro. Os ensaios foram realizados de acordo com as prescrições estabelecidas pela ABNT NBR 14944:2003. Comparando os resultados dos ensaios, nota-se inicialmente que a tinta cujo pigmento de solo é amarelo apresentou os menores valores no geral, sendo que a média do valor RC (razão de contraste) para as três amostras foi de 73,99%. Em seguida, a tinta branca aparece com a segunda menor média (76,19%) e a tinta vermelha apresentou o maior valor médio (93,13%). Assim, pode-se concluir que a tinta amarela apresenta maior porosidade que as demais. Comparadas com as outras proporções, as amostras amarelas apresentam menor quantidade de pigmento diluído e maior quantidade de álcool na mistura, tornando as moléculas de solo mais dispersas. Seguindo esse raciocínio, as tintas branca e vermelha apresentam a segunda e a terceira maior porosidade, respectivamente. Desta forma, os resultados desta pesquisa contribuíram para o avanço do projeto Cores da Terra rumo ao desenvolvimento de um produto simples e acessível à população em geral.
Palavras-chave Tintas, pigmentos de solo, porosidade
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,63 segundos.