Outros membros |
Aline de Campos Lemos, Aline Elizabet Ribas Souza, Arlete Maria dos Reis Assis Maurílio , Denise de Sales Oliveira, Elizabeth Cristina do Carmo, Gisele Roberta Nascimento, RAPHAEL VICENTE IGNACCHITI DE ANDRADE PIMENTEL, Sidneia Ribeiro Vieira |
Resumo |
Introdução: Historicamente, a zona rural constitui-se como espaço de maior vulnerabilidade social, apresentando maiores taxas de pobreza, baixos níveis de escolaridade e pouco acesso da população ao poder público e seus serviços. É, pois, frágil o desenvolvimento social no cenário rural. Nesta perspectiva, produzir saúde na zona constitui-se grande desafio ao sistema de saúde brasileiro. O Sistema Único de Saúde (SUS) como política social de saúde no Brasil prevê o acesso universal e equânime da população aos serviços públicos de saúde. Entretanto, as singularidades cotidianas dos moradores da zona rural tornam a produção de saúde neste contexto um grande desafio para gestão, trabalhadores, instituições de ensino e comunidades rurais. À luz da equidade e tendo em vista a lógica de integração ensino-serviço, acredita-se que as práticas de ensino precisam ocupar a zona rural de modo a qualificar as práticas de cuidado e ampliar o acesso dessa população aos serviços de saúde. Objetivo: Relatar a experiências vividas por alunos de Enfermagem durante as práticas da Disciplina Enfermagem em Saúde Coletiva I na zona rural do Distrito de Cachoeirinha, Viçosa Minas Gerais. Descrição das principais ações: Trata-se de um relato de vivências baseadas na observação durante as aulas práticas de Saúde Coletiva na Zona Rural do Distrito de Cachoeirinha, Viçosa, Minas Gerais. Resultados alcançados até o momento: Por meio das atividades práticas na zona rural foi possível perceber como os modos de viver das pessoas afetam sua produção de saúde, devido à dificuldade de acessar os serviços de saúde, pelas questões geográficas, barreiras naturais, infra- estrutura frágil da gestão municipal que não viabiliza transporte com regularidade para que os profissionais da equipe da ESF realizem visitas. Os ACS's, profissionais mais próximos da população rural, precisam atravessar pontes, cercas de arames farpados, barro, animais na estrada até chegarem as casas dos usuários sob sua responsabilidade sanitária. A distância entre as casas é grande o que faz com que estes profissionais não consigam cumprir as metas de visitas estimadas pela gestão. Entretanto, a população rural guarda uma relação autentica de comunidade e solidariedade que faz com que os moradores convivam de forma harmônica e colaborativa. Sendo os ACS's pertencentes a essa cultura, observa-se quão grande é seu empenho em tentar superar as dificuldades e melhorar o acesso da comunidade aos serviços de saúde.Conclusões: O cotidiano na zona rural é permeado por singularidades estruturais, sociais, politicas e simbólicas que tornam mais complexas as práticas de saúde neste contexto. Percebe-se que os ACS's tecem uma pratica comprometida com a transformação local e melhoria do acesso e qualidade dos serviços oferecidos população rural. preserva laços de solidariedade que contribuem para o enfrentamento da adversidades e vulnerações a que são expostas. |