Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 4866

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Biologia e manejo de doenças e pragas de plantas
Setor Departamento de Fitotecnia
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Ari Flávio Ferreira de Souza
Orientador Rogério Faria Vieira
Outros membros Bruno de Almeida Soares, JOSE EUSTAQUIO DE SOUZA CARNEIRO, Renan Cardoso Lima, Trazilbo José de Paula Junior
Título Resistência de linhagens avançadas de feijão ao mofo-branco
Resumo Os ensaios denominados Valor de Cultivo e Uso (VCU) de feijão-comum são conduzidos em muitos ambientes de Minas Gerais. O objetivo, com esses ensaios, é testar o desempenho de linhagens elites de feijão originadas dos programas de melhoramento da Universidade Federal de Viçosa (UFV), da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e da Embrapa Arroz e Feijão. São conduzidos três ensaios em cada local e ano. Esses ensaios são chamados de VCU carioca, VCU preto e VCU cores (tipos que não sejam carioca ou preto). Neste estudo, foram conduzidos 14 ensaios VCUs em Oratórios, Zona da Mata de Minas Gerais, em área com histórico de mofo-branco (doença causada pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum) para avaliar a resistência das linhagens e cultivares (usadas como controle) a essa doença. Os ensaios foram conduzidos entre 2008 e 2011, na safra de outono-inverno, com irrigação por aspersão. O delineamento foi em blocos ao acaso, com três repetições. No total foram testados 106 genótipos: 47 do tipo carioca, 29 pretos e 30 cores. A intensidade do mofo-branco foi avaliada com base na escala de notas de 1a 9, em que: 1 = todas as plantas sadias e 9 = 80-90% de plantas doentes e/ou 50-60% de tecidos infectados. Nesses anos, a intensidade do mofo-branco variou de moderada a alta nos genótipos mais suscetíveis. As produtividades máximas variaram de 1946 a 3420 kg/ha; a produtividade mínima, de 433 a 2097 kg/ha. Os genótipos influenciaram significativamente a intensidade da doença em metade dos ensaios. Em dois ensaios, o genótipo não influenciou significativamente a produtividade, mas o efeito de genótipo sobre a produtividade foi altamente significativo em sete experimentos. A correlação entre intensidade de mofo-branco e produtividade de grãos foi sempre negativa, e foi significativa em 11 ensaios (r entre -028 e -0,84). No VCU carioca, sobressaíram cinco linhagens (CNFC 10720, CNFC 10722, CNFC 10432, CNFC 11965 e VC 17) que apresentaram baixa severidade de mofo-branco e alta produtividade. Com exceção da VC 17, de hábito de crescimento indeterminado e prostrada (tipo III), as outras são de hábito de crescimento indeterminado e porte ereto (tipo II). No VCU preto, sobressaíram quatro linhagens: VP 21, CNFP 19798, CNFC 11980 e CNFC 11990, todas do tipo II. No ensaio cores, sobressaíram a cultivar BRS Vereda e os genótipos de grãos grandes BRS Executivo, Ouro Branco e CAL96. Ficaram entre as cultivares mais suscetíveis ao mofo-branco: BRSMG Majestoso, BRSMG Madrepérola, BRSMG Talismã, BRSMG Pioneiro (cariocas), BRS Campeiro, Ouro Negro (pretos), Ouro Vermelho e BRS Radiante (cores). Exceto pelas cultivares BRS Radiante (tipo I), BRSMG Pioneiro e BRS Campeiro (tipos II), as outras cultivares são do tipo III. Os resultados sugerem que é possível selecionar genótipos com resistência parcial ao mofo-branco com base nos VCUs.
Agradecimentos: CAPES, CNPq e FAPEMIG.
Palavras-chave Sclerotinia sclerotiorun, Phaseolus vulgaris, Valor de Cultivo e Uso
Forma de apresentação..... Painel
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