Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 4864

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Doenças, reprodução e comportamento animal
Setor Departamento de Biologia Geral
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Ana Luiza Fonseca Destro
Orientador LEANDRO LICURSI DE OLIVEIRA
Outros membros Jerusa Maria de Oliveira, MARIELLA BONTEMPO DUCA DE FREITAS, Suellen Silva Condessa
Título Histologia renal de morcegos frugívoros expostos ao inseticida piretróide deltametrina
Resumo O Brasil é o país com maior consumo de agrotóxico do mundo. Com o crescente uso desses produtos, também é crescente o número de animais frugívoros que se expõem aos possíveis efeitos dos pesticidas por se alimentarem de frutos contaminados. Em morcegos, o estudo dos efeitos tóxicos de inseticidas se faz importante visto que esses mamíferos voadores são grandes dispersores de sementes e por isso, contribuem para manutenção natural da flora e de plantações. Sendo assim, a pesquisa realizada teve como objetivo avaliar qualitativamente, através de análises morfométricas de lâminas histológicas, os efeitos do pesticida piretróide Deltametrina em rins de morcegos da espécie Artibeus lituratus (Olfers, 1818). Após a coleta de morcegos machos adultos (n= 18) da espécie A. lituratus com redes de neblina na Mata do Paraíso do Campus da UFV e identificação, os animais foram separados, pesados e mantidos em morcegário. Concentrações do inseticida Decis: Controle (n=6) 0,00%, DTM1 (n= 6) 0,1% e DTM2 (n=5) 0,3% foram aplicados à casca de mamões e esses foram cedidos como alimento aos animais por 7 dias. Posteriormente os morcegos foram eutanasiados e os rins extraídos foram fixados, incluídos em resina, cortados, devidamente corados e utilizados nas análises. Na análise histopatológica as lesões encontradas foram definidas como leves (estágio I), moderadas (estágio II) e severas (estágio III). Para isso, foi realizado o cálculo Índice de Alteração Histopatológica (IAH) através da fórmula: IAH = (100 x ƩI) + (101 x ƩII) + (102 x ƩIII). O valor médio do IAH, foi dividido em 6 categorias: 0 a 10 indicam funcionamento normal do órgão; 11 a 32 indicam leves alterações; 33 a 54 indicam alterações moderadas; 55 a 76 indicam alterações intensas; 76 a 100 indicam lesões severas e acima de 100 indicam alterações irreversíveis. Nas análises morfométricas, utilizou-se o programa Image-Pro Plus, onde foi mensurado o número de glomérulos por área; o número total de glomérulos; o raio, área, volume e diâmetro glomerular; e espessura da cápsula de Bowman. As análises histopatológicas demonstraram que os rins do grupo DTM1 apresentaram alterações definidas como leves e moderadas. Ao passo que os animais do grupo DTM2 apresentaram alterações definidas como leves, moderadas e severas. Os valores médios do IAH renal foram: 4,5; 6,28 e 21,66 para os grupos Controle, DTM1 e DMT2, respectivamente. Os valores dos IAH, para os grupos Controle e DTM1, indicaram funcionalidade normal do órgão. No grupo DTM2, o valor do IAH classificou as alterações como leves, ou seja, o conjunto das lesões não foi suficiente para alterar a funcionalidade do órgão. Mesmo verificando patologia pertencente ao estágio III. Em relação às análises morfométricas, não foram observadas alterações significativas. A partir dos resultados obtidos, pode-se concluir que as dosagens utilizadas de DTM não alteraram as funcionalidades e a estrutura dos rins.
Palavras-chave Artibeus lituratus, morfometria, histopatologia
Forma de apresentação..... Painel
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