Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 4840

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Biologia e manejo de doenças e pragas de plantas
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Isabella Vieira Santana
Orientador ELISEU JOSE GUEDES PEREIRA
Outros membros Afonso Frade Canuto, Cleomar da Silva, João Victor Canazart Rodrigues, Oscar Fernando Santos Amaya
Título Há resistência cruzada entre a toxina Bt Cry1Fa e inseticidas piretroides em Spodoptera frugiperda?
Resumo A lagarta-do-cartucho, Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae), é um inseto polífago com o status de principal praga da cultura do milho no Brasil, onde sua importância econômica tem aumentado nos últimos anos com a intensificação dos cultivos de milho em duas ou mais safras anuais. As larvas de S. frugiperda alimentam-se das folhas do cartucho da planta, reduzindo o potencial produtivo, e em altas infestações, também danificam as espigas em formação. Historicamente, para manejo de populações desta lagarta, o principal método controle usado é aplicação de inseticidas sintéticos, porém com a introdução do milho transgênico que produz a proteína inseticida Cry1F, derivada da bactéria Bacillus thuringiensis (Bt), o plantio dessas e outras plantas Bt tornou-se uma ferramenta importante no manejo desta praga no país. Devido ao uso intensivo e o manejo inadequado desta tecnologia Bt, casos de falha de controle associado à seleção de populações resistentes a toxina Cry1F rapidamente foram reportados , tornando novamente indispensável o uso de inseticidas sintéticos para o controle de S. frugiperda nas lavouras. Entretanto, casos de resistência cruzada entre toxina Cry e inseticidas sintéticos foram reportados recentemente. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar se a redução da suscetibilidade de S. frugiperda à toxina Cry1F pode reduzir também a suscetibilidade aos inseticidas piretroides, i.e., fenômeno conhecido como resistência cruzada. Experimentos em delineamento inteiramente casualizado foram conduzidos em ambiente controlado em 27 ± 3 ºC, umidade relativa de 70 ± 15 % e fotoperíodo de 14L: 10E. Folhas de milho (não-Bt) foram tratadas com formulações comerciais de deltametrina e permetrina em condições de laboratório. Foram usadas quatro repetições, com 10 larvas por repetição, a qual se constituiu de uma placa de Petri contendo seções foliares tratadas com uma das sete as concentrações dos inseticidas testados. Baseando-se nos valores de concentração que mata 50 e 90% (CL50 e CL90) das larvas de populações suscetíveis e resistentes, observou-se que a resistência a Cry1F não diminui a suscetibilidade aos inseticidas deltametrina e permetrina. Isso não é surpresa e provavelmente se deve a diferentes modos de ação dos inseticidas (piretroides e toxinas Bt). Contudo, deve-se ressaltar a possibilidade de ocorrência de resistência cruzada, porque alguns mecanismos de resistência a ambos grupos de inseticidas podem ser semelhantes, fato que deve ser levado em consideração no manejo adequado da praga, o qual requer adequada integração de plantas Bt com aplicações de inseticidas, visando reduzir o nível populacional de S. frugiperda.
Palavras-chave Lagarta-do-cartucho, deltametrina, permetrina
Forma de apresentação..... Painel
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