Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 4821

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ecologia e biogeografia
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Valéria Rodrigues Veiga
Orientador ANGELO PALLINI FILHO
Outros membros Arnoldus Rudolf Maria Janssen, Cleber Macedo de Oliveira, Italo Vidigal Carneiro, Luan Abner Rodrigues de Britto
Título Efeito do aprendizado no comportamento de predadores
Resumo Plantas atacadas por herbívoros emitem substâncias voláteis que são usadas por predadores e parasitoides para localizar presas. A composição destes produtos voláteis varia, dependendo da planta, do herbívoro e de fatores abióticos, e os predadores precisam lidar com esta grande variação. Sugere-se que eles aprendem a associação entre a presença de voláteis e a disponibilidade de alimento. Ceraeochrysa cubana (Hagen) (Neuroptera: Chrysopidae) é um importante inimigo natural com potencial para uso em programas de controle biológico, devido à sua eficiência no controle de populações de presas. Imaturos de bicho lixeiro são predadores vorazes de várias espécies de artrópodes, e já é sabido que adultos de crisopídeos respondem a uma variedade de compostos voláteis, porém pouco se conhece a respeito da resposta olfativa dos imaturos. Portanto, o objetivo desse trabalho foi a avaliar o efeito do aprendizado no comportamento de imaturos de C. cubana. Imaturos foram treinados para associar a disponibilidade de alimento (ovos de Anagasta kuehniella) com o odor de methyl salicilato e estes predadores passavam por período de privação de alimentação sem o odor. Um grupo controle foi utilizado onde os predadores não eram expostos a odor, somente passavam por períodos de alimentação e privação de alimentação. Após o treinamento, foi avaliado a dispersão dos predadores (grupo treinado e controle em dias alternados) em um experimento em semicampo onde os predadores tinham como escolha três discos com alimento e dispersores de methyl salicilato e três discos com alimento sem odor. Os discos foram dispostos em um hexágono e no centro do hexágono foi colocado uma planta de repolho que serviu como o ponto de dispersão dos predadores. Foi realizado a amostragem dos discos a cada hora nas primeiras seis horas e uma última amostragem após 24 horas da liberação dos predadores. Durante as amostragens os predadores que estavam nos discos eram contabilizados e descartados. O experimento foi repetido três vezes para cada grupo de predadores. Os indivíduos que foram treinados foram capturados em maior quantidade nos discos com odor comparado com os discos sem odor. Esta preferência por discos com odores foi superior ao grupo treinado. Imaturos de C. cubana são capazes de aprender e eles utilizam este aprendizado no processo de dispersão o que pode implicar em uma maior taxa de encontro de alimento caso o predador utilize a associação entre odores e alimento.
Palavras-chave Ceraeochrysa cubana, methyl salicilato, aprendizado associativo
Forma de apresentação..... Painel
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