ISSN | 2237-9045 |
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Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
Nível | Graduação |
Modalidade | Extensão |
Área de conhecimento | Ciências Agrárias |
Área temática | Agricultura, agroecologia e meio ambiente |
Setor | Departamento de Engenharia Florestal |
Bolsa | PIBEX |
Conclusão de bolsa | Não |
Apoio financeiro | UFV |
Primeiro autor | Olivia Beatriz Moraes Dias de Aguiar |
Orientador | GUMERCINDO SOUZA LIMA |
Título | Conservação Ambiental, Ecologia e Manejo de Paisagens na Bacia do Ribeirão São Bartolomeu � |
Resumo | Fragmentos florestais de Mata Atlântica localizados no município de Viçosa, na Zona da Mata mineira são remanescentes de Floresta Estacional Semidecidual. Estes possuem um importante papel na manutenção de ecossistemas e para a conservação da biodiversidade local. Apesar de sua importância, a descaracterização da vegetação nativa na região é um problema recorrente, as matas ciliares são escassas e grande parte das nascentes encontram-se totalmente desprotegidas, ao passo que o consumo da água proveniente destas, é contínuo e crescente. Diante deste cenário, o projeto desenvolve pesquisas e atividades na comunidade rural do Palmital, localizada na bacia hidrográfica São Bartolomeu. A comunidade abriga as primeiras e mais altas nascentes da bacia, responsável pelo abastecimento de água da UFV e de Viçosa. O projeto tem como base 3 princípios: Agroecologia, Parceria e Construção coletiva do conhecimento. O objetivo é entender a realidade local, valorizar e disseminar o conhecimento popular destacando as interações entre conservação ambiental e produção agrícola-florestal. Foram feitas pesquisas socioambientais, e uma pesquisa etnobotânica sobre as espécies florestais. Foi identificado que a população local possui um vasto conhecimento sobre as árvores e sobre as funções ecológicas exercidas pelos fragmentos florestais, dentre elas: Proteção do solo, controle da umidade e temperatura. Estas funções podem ser exemplificadas quando uma das participantes diz “árvore refresca, dá adubo para a terra, e solo é vida! As frutas que temos no nosso quintal são base para nossa alimentação”. Dos participantes, 71% possuem fragmentos pesquisada e todos foram categorizados pelos participantes como tendo idade superior a 30 anos. Um dos moradores destaca, “toda propriedade tem que ter, a mata é boa em todos sentidos, é bonita, faz sombra, evita erosão. Pode ver a mata segura a umidade”. 60% dos participantes gostariam de ter mais mata na propriedade, desde que em áreas estratégicas para colaborar e não atrapalhar a produtividade. O motivo mais citado para este tipo de plantio seria para proteção do pasto degradado, entretanto um dos grandes impedimentos é o custo e mão de obra. Outro motivo pelo qual os moradores não plantam mais árvores nativas é a burocracia existente para poder desfrutar de seus produtos madeireiros. Apesar das espécies nativas ainda serem utilizadas e valorizadas pela população local, seu conhecimento vem se tornando cada vez mais escasso. Se por um lado a preservação florestal é importante, por outro seu resultado pode gerar no distanciamento entre ser humano e natureza e uma consequente erosão do saber tradicional. Neste sentido, são necessários projetos que conciliem conservação florestal com produção sustentável, desta maneira as informações geradas no projeto poderão contribuir para a implantação de planos de manejo, projetos e programas que visem conservação ecológica integrada ao componente humano. |
Palavras-chave | Etnobotânica, Agroecologia, Fragmentos Florestais |
Forma de apresentação..... | Painel |