Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 4764

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Linguística
Setor Departamento de Letras
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Tânia Lázaro Martins
Orientador MONICA SANTOS DE SOUZA MELO
Título Uma Análise de “Lotus Flower” do Radiohead: Intertextualidade Visual e Multimodalidade
Resumo Nos últimos anos, tornou-se comum, com o avanço das tecnologias de comunicação, o aparecimento de vídeos-virais pela internet. Propomos, então, uma análise do videoclipe da música “Lotus Flower”, de 2011, da banda britânica Radiohead, que tornou-se objeto de paródias ao som de músicas dançantes de algumas cantoras internacionais, famosas por suas performances sensuais. O objetivo é investigar como se configura o sentido do videoclipe entre os complexos elementos que o envolvem e, ainda, tecer algumas considerações sobre a intertextualidade visual verificável no vídeo, a partir da qual podemos explicar algumas das possíveis razões para que o videoclipe fosse motivo de atenção especial para alguns internautas. A escolha do videoclipe em questão como o objeto de estudo pauta-se no fato de a banda Radiohead ser conhecida por suas letras complexas, que tratam de variados temas que abrangem o indivíduo moderno, além do fato de o vídeo ter ficado famoso pela performance do principal integrante e vocalista da banda, Thom Yorke. No vídeo, temos o vocalista dançando sozinho no que parece ser um galpão. Yorke, já com seus 46 anos, é magro, possui uma paralisia no olho esquerdo e não está entre os contemplados pelos “padrões de beleza” impostos pela sociedade moderna. Para a análise, buscaram-se teorias que dessem conta da complexidade existente no gênero. A partir da noção do dialogismo bakhtiniano e de algumas premissas da Análise do Discurso, a investigação utiliza conceitos da intertextualidade visual ou intericonicidade e da teoria da multimodalidade. Através da análise multimodal do vídeo, percebemos que o foco está no personagem representado, e este dança, supostamente, de uma forma espontânea e aleatória, o que causa um grande estranhamento no telespectador. O videoclipe, em preto e branco, reforça, através dos recursos utilizados, a ideia de que o cantor é o centro da informação. A análise linguística revela um convite a um renascer, um desabrochar libertário. A aleatoriedade dos passos configura-se, na verdade, como um elemento fortemente motivado, reforçando a ideia de um ato libertário. Para tratar da intertextualidade visual, é necessário que o público recorra à sua memória discursiva para realizar alguma conexão dos elementos do vídeo e da performance do cantor com videoclipes de cantoras famosas por sua sensualidade. Em especial, propomos uma comparação com o vídeo da música “Single Ladies (Put a Ring on It)” (2008) da cantora Beyoncé. O estranhamento dos telespectadores quanto à performance do cantor parece um elemento essencial para essa comparação e permite identificarmos algumas das razões de o vídeo ter ficado tão famoso pela “dancinha”, conforme chamam alguns internautas. Por fim, A atuação espontânea de Yorke parece, ainda, subverter o comumente apresentado em videoclipes de cantoras como a mencionada e junto com os outros elementos que compõem o gênero, parece ser um ato que visa à liberdade.
Palavras-chave Análise do Discurso, Teoria da Multimodalidade, Radiohead
Forma de apresentação..... Painel
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