Resumo |
Resultado de discussões de uma iniciação científica em andamento fomentada pelo PROBIC/FAPEMIG, no período de 1º de março de 2014 a 28 de fevereiro de 2015, o presente trabalho é parte de um estudo mais amplo, comparativo, cujo objetivo é identificar e analisar práticas sociais acerca dos usos do espaço e o modo como são narradas às transformações sociais e espaciais experienciadas por diferentes populações, rurais e urbanas. Não perdendo de vista a diversidade de discussões acerca das concepções de desenvolvimento, o trabalho procura discutir, a partir dos conceitos de lugar, território e paisagem, as percepções dos moradores da cidade e do campo acerca das dinâmicas sócio-espaciais e econômicas, identificando fronteiras (materiais, espaciais, políticas, simbólicas) através de formas de segregação, sociabilidade, territorialidades e configurações do espaço público, apreendidas tanto em suas formas discursivas e performáticas, quanto imagéticas. O estudo de caso a que se refere esta iniciação científica, foi realizado no município de Rio Acima/MG, envolvendo conflitos socioambientais em torno da formação de um Parque Nacional e da apropriação do espaço e do meio-ambiente por condomínios fechados, envolvendo áreas rurais e urbanas. A primeira fase da pesquisa consistiu em um levantamento documental e de dados sócio econômicos, espaciais e imagéticos, em bases de dados documentais e estatísticos já existentes, a segunda fase iniciou-se com a observação participante. As entrevistas são aprofundadas, em caráter de história de vida e, embora abertas, procuram detalhar, dependendo do contexto, questões diversas como: as transformações do lugar, as formas de sociabilidade; saber-fazer; grandes obras; gestão do espaço público/usos do espaço; grandes obras/desenvolvimento. Vale ressaltar que as pesquisa está em andamento, apesar do fim da bolsa, em virtude de desdobramento e do processo de análise dos dados. Assim, o enfoque será a discussão em torno das metodologias aplicadas na pesquisa, linhas teóricas utilizadas e a situação atual do processo em análise. Isto também, em parte, a um contexto etnográfico que sempre está se modificando e permitindo novas reflexões. |