Resumo |
O Brasil apresenta atualmente um dos maiores potenciais para produção de proteína de origem animal, porém um dos maiores obstáculos para o crescimento dessa atividade é o custo elevado da produção de ração que pode compreender até 70% dos custos totais, sendo a proteína bruta a matéria prima que envolve maior custo, o que caracteriza a importância de estudos relacionados às exigências nutricionais desta espécie. Assim, foi realizado um experimento relacionando o desempenho da fase inicial de crescimento (fase de maior desenvolvimento corporal) com diferentes níveis de proteína bruta (PB) na ração, buscando demonstrar os efeitos dos diferentes níveis sobre o ganho de peso de 1 a 21 dias (GP121) em duas linhagens de codornas de corte (UFV1 e UFV2). Foram utilizados 980 animais da linhagem UFV1 e 416 animais da linhagem UFV2. Os animais permaneceram alojados do 1º ao 21º dia de idade em boxes de alvenaria de 0,80 x 1,00 m, com cama de maravalha, campânula elétrica para aquecimento, água e ração fornecidos à vontade. Foram distribuídos aproximadamente, respectivamente, 20 e 10 animais das linhagens UFV1 e UFV2 por box. Foram utilizados oito níveis proteicos (22, 23, 24, 25, 26, 27, 28 e 29%) distribuídos aleatoriamente entre os boxes, totalizando seis repetições por nível de PB. O experimento foi conduzido em um delineamento inteiramente casualizado (DIC), sendo as análises estatísticas realizadas no software Statistical Analysis System (SAS) via procedimento Generalized Linear Model (PROC GLM). As médias do ganho de peso para as diferentes linhagens e níveis de PB foram comparadas por meio do teste de Tukey ao nível de 5% de significância. Os resultados demonstraram diferenças significativas na relação proteína X ganho de peso para as duas linhagens avaliadas. A média para GP121 variou de 150,546g a 183,198g para a UFV1 e de 159,618g a 192,35g para UFV2, entre os níveis de 22% a 29% de PB. Dentre as médias, os níveis de 27% e 29% de PB se destacaram por apresentarem média de GP121 estatisticamente superiores, com 180,199g e 183,198g na UFV1 e de 192,35g e 191,568g para UFV2, respectivamente. Não houve diferença estatística das médias de GP121 nos níveis de 27% e 29% de PB. Dessa forma, a partir dos resultados pode-se sugerir a utilização de rações com teores de 27% de proteína bruta para a fase inicial de desenvolvimento, para as duas linhagens avaliadas, maximizando a produção e reduzindo parte dos custos. |