Resumo |
A carne de codorna é reconhecida pelo alto teor proteico e pouca gordura, além de ser um produto de alta aceitabilidade no mercado e alto valor de venda. A produção de codornas de corte no Brasil ainda é pouco explorada quando comparada à produção de codornas de postura, mas vem expandindo cerca de 10% ao ano no país, principalmente pelo fato do mercado consumidor estar cada vez mais exigente. Assim, o mercado que inicialmente comercializava carne de codornas de linhagens de postura em final do ciclo de produção de ovos, passou a buscar junto aos programas de melhoramento genético, linhagens de corte que apresentassem melhor rendimento de carcaça e qualidade de carne. Contudo, para obter carne de qualidade e preço acessível, é necessário fornecer dietas que atendam as exigências do animal, proporcione bom desempenho e minimize custos. Um dos componentes de maior custo da dieta é a proteína bruta (PB). No entanto, existem poucos estudos sobre as exigências nutricionais específicas para estes animais, principalmente em clima tropical. Assim, objetivou-se avaliar o rendimento de carcaça de duas linhagens de codornas de corte em diferentes níveis proteicos na dieta. Foi realizado um experimento com duas linhagens de codornas de corte (UFV1 e UFV2) pertencentes à Granja de Melhoramento de Aves da Universidade Federal de Viçosa, onde foram fornecidas rações com 10 níveis de PB (24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32 e 33%). A influência dos níveis de PB foi avaliada sobre as seguintes características: peso ao abate (PA), peso de carcaça (PC), peso do peito (PP) e peso das pernas (PPer). Após organização e consistência do banco de dados, foram utilizadas informações de 455, 423, 426 e 424 animais da linhagem UFV1 e de 429, 389, 388 e 389 animais da linhagem UFV2, para PA, PC, PP e PPer, respectivamente. Com 42 dias de vida, os animais foram pesados separadamente e abatidos, e após evisceração foram pesados as partes separadas das carcaças para obtenção do PP e PPer. Durante o período do experimento, as codornas receberam água e ração à vontade. As análises estatísticas foram realizadas no software Statistical Analysis System (SAS) via procedimento Generalized Linear Model, sendo as comparações de médias, efetuadas por meio do teste Tukey. Os resultados mostraram que as médias não diferiram estatisticamente ao nível de 5% de significância, ou seja, os níveis de PB utilizados na ração não influenciaram nos caracteres analisados dentro de cada linhagem, onde a UFV1 apresentou 25,95g, 14,50g, 8,69g, 4,57g e a linhagem UFV2 com 23,50g, 15,92g, 8,24g, 4,12g para PA, PC, PP e PPer, respectivamente. Assim, o desempenho de peso e de rendimento de carcaça foi satisfatório nas codornas alimentadas com os menores níveis de proteína. Sendo assim, pode-se sugerir o fornecimento do menor nível de proteína bruta na ração, maximizando a produção e reduzindo custos. |