Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 4640

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática História
Setor Departamento de História
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Primeiro autor Walter Alves de Paula Neto
Orientador Luiz Lima Vailatt
Título As ferrovias na Zona da Mata Mineira: Estrada de Ferro União Mineira e Estrada de Ferro Leopoldina (1870-1889)
Resumo As estradas de ferro surgiram em Minas Gerais em um contexto político e econômico específico. Os primeiros trilhos construídos na província de Minas Gerais pertenciam ao ramal da Estrada de Ferro Dom Pedro II (EFPII), que adentrou o território mineiro no último quartel do século XIX através da Zona da Mata, marcando o início da chamada “febre ferroviária mineira”. Apesar da pouca força política durante o Império, é na Zona da Mata que surge o maior número de concessões para ferrovias, devido, principalmente, o fato de esta ter se tornado, durante os últimos anos do governo imperial, a maior região produtora de café da província de Minas Gerais. É na Zona da Mata que surge uma das maiores ferrovias de Minas, a Estrada de Ferro Leopoldina (EFL), além de outras como, por exemplo, a Estrada de Ferro União Mineira (EFUM) que, apesar de ter um objetivo comum, possuía um perfil totalmente diferente. A EFUM era uma empresa “majoritariamente” mineira, bancada pelo dinheiro do café dos Barões de Juiz de Fora; Santa Helena e São João Nepomuceno, enquanto a EFL possuía diversos acionistas ligados ao mercado especulativo da Corte. Tais características, além da proximidade das áreas de interesse das duas companhias, foram responsáveis por disputas políticas entre as diretorias das duas empresas. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi compreender como tais disputas aconteciam e quais eram os motivos que possibilitavam o ganho de causa para uma ou para outra empresa. Para tal, lançou-se mão de textos que discutiam a política, a economia e as ferrovias nas Minas Gerais do século XIX, além da análise dos Relatórios de Presidente de Província e também do Livro de Leis da Assembleia Provincial de MG. Com a leitura bibliográfica e das fontes, chegou-se à constatação inicial de que a política mineira do século XIX era marcada pelas relações de compadrio e familiares, que permeavam o governo durante o Império, tendo mais poder aquele que angariasse para o seu núcleo familiar mais títulos nobiliárquicos, escravos e influência política. Por fim, concluiu-se também que para perceber o processo que envolvia as disputas políticas das ferrovias, seria necessária uma análise mais completa de toda a trajetória das ferrovias, além de um novo escopo analítico das figuras dos diretores e acionistas da empresa, sendo para tanto, solicitado um novo projeto, já aprovado e em andamento.
Palavras-chave Ferrovia, Zona da Mata Mineira, Relações de Poder
Forma de apresentação..... Painel
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